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24/Jun/2022

Caminhoneiros: paralisação será o último recurso

Segundo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), uma eventual paralisação dos caminhoneiros, como a greve nacional de 2018, deve ser o último recurso, enquanto houver diálogo consistente. Houve uma grande mudança na situação da categoria entre 2018 (ano da greve nacional que parou o País) e a atual, principalmente pela abertura de diálogo com o governo, sendo recebida como entidade de transportes, e pela criação de leis de amparo à categoria. Naquela ocasião, houve também adesão das transportadoras, das empresas de ônibus e do agronegócio. Observa-se hoje uma paralisação "técnica", ou seja, o transportador autônomo para de trabalhar por não ter condições de arcar com custo de combustível.

Enquanto outros atores ainda têm margem, o caminhoneiro não tem mais condição de abastecer, por causa de aumentos sucessivos do diesel. A paralisação é como um grito de socorro, pois a categoria não tem mais condições de exercer seu trabalho. Mas, não deve ser conduzida por 'pseudos' líderes que se tornam até folclóricos. A categoria mostra desconhecer as lideranças que se apresentam como seus representantes. Sobre os valores elevados do diesel, entre o aumento anunciado pela Petrobras na refinaria leva-se no mínimo 10 dias para ser efetivo no mercado e reajustado a tabela para o caminhoneiro, em virtude da metodologia de cálculo do piso mínimo do frete.

O diesel é a matéria-prima do trabalho dos caminhoneiros. Ele é polemizado com aumentos sucessivos, mas deve ser encarado como elemento de formação do custo do frete dos caminhoneiros. A questão é que ao tentar renegociar o frete com intermediário, o caminhoneiro não está conseguindo repassar o valor do diesel reajustado ao frete até mesmo por excesso de oferta de mão de obra. Se ele não aceitar o valor, haverá outros para fazer o frete. A CNTA congrega 850 mil caminhoneiros, por meio de 120 sindicatos, e é considerada a entidade legal de representação dos interesses da categoria. Segundo a entidade, 65% das cargas transportados por rodovias no Brasil passam direta ou indiretamente pelos autônomos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.