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24/Jun/2022

Petrobras: governo não tem apoio para instalar CPI

O desejo do presidente Jair Bolsonaro de ver instalada a CPI da Petrobras, para apurar os reajustes de preço nos combustíveis, não conta sequer com a sua própria base aliada. O PP, legenda comandada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que despacha dentro do Palácio Planalto, orientou seus parlamentares a não assinarem o requerimento que pede a instalação da CPI. A orientação para não assinar o documento foi dada pelo próprio Ciro Nogueira. A situação tem papel crucial na aprovação do requerimento, porque os votos do PP seriam suficientes para, neste momento, confirmar o pedido para instalação da CPI da Petrobras, como deseja Bolsonaro. Um total de 136 assinaturas foi coletado até agora. São necessárias, porém, 171 assinaturas para que o texto seja encaminhado à presidência da Câmara.

Como o PP tem 53 parlamentares, a adesão do grupo já seria suficiente para ultrapassar o mínimo necessário. Ocorre que, até o momento, apenas o deputado Ricardo Barros (PP-PR), que é o líder do governo na Câmara, assinou o requerimento. Todos os demais não se apresentaram. Ricardo Barros defendeu publicamente que a CPI vai sair do papel. A situação é de constrangimento dentro da base aliada do governo. O presidente da Câmara, Arthur Lira, é do PP, já afirmou que não é contrário à CPI e que, se receber o requerimento e houver fundamento, dará andamento à instalação. Dentro dos quadros do PL, o sentimento é de traição. O partido de Bolsonaro tem 77 cadeiras na Câmara. Destas, 74 já assinaram o pedido para criação da CPI.

Bolsonaro chegou a cobrar a aprovação das investigações. Nos bastidores do Congresso, ainda não está clara a real motivação sobre a resistência de Ciro Nogueira na criação da CPI. O que se afirma é que a legenda acredita que este não seria o momento adequado para isso, devido ao calendário eleitoral, e que haveria outras formas de responder à escalada nos preços de combustível praticados pela Petrobras. A coleta de assinaturas é liderada pelo PL, que segue em contato com parlamentares para tentar atingir o número mínimo necessário. O governo, a princípio, acreditou que conseguiria aprovar o requerimento com alguma facilidade, devido ao tamanho de sua base, mas esta dá sinais claros de que não é bem assim. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.