24/Jun/2022

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o Brasil deu o pontapé inicial para criação de um mercado regulado de carbono com um decreto publicado pelo governo federal em maio, mas que já há um projeto de lei em debate para avançar em relação em alguns pontos, como nas regras. O decreto estabelece a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e institui o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa, mas é considerado um ponto de partida, um norte, para a criação de um mercado regulado de carbono, uma vez que traz principalmente diretrizes.

O Brasil tem avançado na regulação do mercado de carbono. O decreto é a é a certidão de nascimento e o projeto de lei vai ser uma próxima etapa muito importante, destacou ele, que sempre defende o mercado de carbono ante a tributação para diminuir as emissões. Além da regulamentação, foi destacado que os desafios para a criação de um mercado de carbono regulado no Brasil são a precificação e a integração com outros países. É preciso ter um mercado de carbono fungível, para incentivar os investidores internacionais a investirem no Brasil. O Brasil é um grande celeiro de mercado de carbono em um processo mais integrado.

O País é forte candidato a ter uma bolsa de carbono. O Banco Central tem concentrado esforços para criar uma taxonomia para o mercado sustentável em conjunto com os Ministérios da Economia e do Meio Ambiente. A taxonomia é um conjunto de classificações e regras que regem o funcionamento do mercado. Outro ponto em discussão é o uso de tecnologia para avançar na agenda sustentável. Há discussões sobre a criação de tokens para preservar florestas nativas. O Brasil tem grande oportunidade para se inserir nas cadeias globais de valor neste momento e de forma sustentável. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.