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22/Jun/2022

OCDE: Brasil já aderiu a boa parte dos instrumentos

O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França, afirmou que o Brasil já aderiu a 112 dos 257 instrumentos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil entregará, até o fim do ano, o memorando inicial para acessão à OCDE. Esse documento é necessário para formalizar o processo para que o País faça a adesão aos instrumentos restantes. O governo brasileiro solicitará ao organismo internacional que os comitês temáticos que avaliarão a adesão aos instrumentos ocorram paralelamente. O chefe adjunto do departamento econômico da OCDE responsável por acompanhar a economia brasileira, Falilou Fall, destacou questões que o País precisa encarar para ajudar na recuperação econômica e ter uma atividade mais resiliente.

Um dos pontos destacados foi o alto nível de gastos públicos do País, especialmente obrigatórios. Para ele, é necessário que o Brasil tenha regras bem definidas para as despesas. O membro da OCDE ressaltou que não só é preciso manter o teto de gastos, mas ter mecanismos para cumpri-lo. É preciso regras bem definidas dos gastos públicos, teto de gastos e mecanismos para que isso seja comprido. Fall também avaliou que, na política monetária, é preciso ser bastante transparente na comunicação e que a autonomia reforça a credibilidade do Banco Central. O Brasil foi um dos países que reagiu de forma mais rápida ao aumento da inflação a partir do ano passado.

Outro ponto comentado foi o aumento da dívida externa desde a crise relacionada à Covid-19, mas o representante da OCDE avaliou que o nível ainda é gerenciável, especialmente considerando o nível de reservas. Em relação às contas externas, Fall disse que houve melhora no último mês e no último ano graças à exportação de commodities e maior entrada de capitais. O arcabouço é atraente para investidores institucionais. Taxa de câmbio é mais difícil de ser gerenciada, porque não depende só de políticas internas, depende também de internacionais, como as ações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano.

O chefe-adjunto do departamento econômico da OCDE, Jens Arnold, afirmou que o sistema tributário do Brasil é um dos mais complexos do mundo. O Brasil é campeão em complicação fiscal. Mas, os esforços feitos de reformas estruturais nos últimos anos provocaram melhoras visíveis nos mercados. Apesar das medidas do governo federal para redução de impostos de importação, o País ainda é um dos mais fechados quando a questão é comércio exterior. Em relação à agenda verde, Arnold considerou que o Brasil é um dos países com menor emissão de carbono entre os monitorados pela OCDE, mas tem crescido. Além disso, a emissão de gases de efeito estufa tem avançado, como efeito principalmente de desmatamento. Ele ainda destacou as fontes de energia verde no País, que tendem a crescer. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.