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22/Jun/2022

Amazônia: devastação ambiental recorde em 2022

De acordo com levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), nos primeiros cinco meses de 2022, a Amazônia Legal registrou recorde de desmatamento. Em 151 dias, foram derrubados 3.360 Km² de floresta. A área desmatada é a maior em 15 anos e os municípios mais afetados são, respectivamente, Apuí (AM), Altamira (PA), Lábrea (AM), Novo Progresso (PA) e Novo Aripuanã (AM). Com 1.476 Km² de floresta desmatada, o último mês também foi o pior maio já registrado desde 2008, ano em que o Imazon passou a monitorar a Amazônia. O Amazonas é o Estado que teve a maior área desmatada, corresponde a 38% do desmatamento total em maio.

O Imazon alerta para novos recordes nos próximos meses, quando há redução das chuvas. Em relação à área degradada em maio, Mato Grosso abrange 94% de todo desmatamento registrado. Os dados foram levantados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), com base em imagens de satélites que oferecem análises mensais sobre o ritmo da degradação. Maio é o primeiro mês mais seco do verão amazônico e já bateu recorde. O SAD considera degradação florestal quando há dano decorrente de exploração madeireira ou fogo. Já o desmatamento é analisado quando ocorre corte raso da floresta, sendo algumas das principais causas a pecuária, a agricultura e o garimpo.

A terra indígena mais desmatada em maio foi a Apyterewa, localizada no Pará. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a região é de potencial conflito por causa da invasores que ameaçam indígenas. A TI Apyterewa foi homologada em 2007 e, depois disso, a única possibilidade de atividade econômica na área precisa ser autorizada e conduzida pelos indígenas. Outras áreas afetadas são da TI Karipuna (RO). Os dados do Imazon vão na linha de perda da cobertura vegetal já revelada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.