21/Jun/2022

O Ministério da Agricultura espera que o Plano Safra 2022/2023 seja anunciado na última semana deste mês. Ainda não há, entretanto, data para o evento de lançamento. Os ministérios da Economia e da Agricultura encontram dificuldades para conciliar a demanda do setor de R$ 330 bilhões para safra que começa no dia 1º de julho com as políticas de contenção da inflação do governo e do Banco Central. No dia 15 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic (a taxa básica de juros) em 0,50%, de 12,75% para 13,25% ao ano. O montante solicitado representaria cerca de 30% mais do que os R$ 251,22 bilhões anunciados pelo governo para a safra 2021/2022. A dificuldade maior é levantar R$ 22 bilhões estimados como necessários para equalizar taxas de juros de aproximadamente R$ 120 bilhões em crédito. Na safra atual, o governo informou que teria R$ 13 bilhões, mas os recursos se esgotaram devido à acentuada alta da Selic ao longo do ano.

Diversas linhas do Plano Safra 2021/2022 foram suspensas no início de fevereiro por falta dos recursos para equalização e só foram retomadas no dia 13 de junho. A reabertura foi possível após publicação de portaria no dia 9 de junho, em edição extra do Diário Oficial da União, pela qual a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento abriu crédito suplementar no valor de R$ 1,550 bilhão para reforçar a dotação orçamentária de vários órgãos da administração pública federal, dos quais aproximadamente R$ 1,087 bilhão para equalização de taxas das linhas do Plano Safra 2021/2022. Ficaram de fora Moderfrota (programa de financiamento de maquinário agrícola), PCA (de estímulo a investimentos em silos e armazéns) e Prodecooop (voltado a cooperativas). Linhas destes dois últimos serão reabertas nesta semana, mas não há previsão de retomada dos financiamentos do Moderfrota. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.