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20/Jun/2022

Combustíveis: novo reajuste causa reação negativa

A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirmou, na sexta-feira (17/06), após o anúncio do aumento de 14,2% do diesel pela Petrobras, 39 dias depois do último reajuste de 8,9%, que os caminhoneiros vão parar de qualquer maneira, ou por uma greve ou por falta de dinheiro para colocar combustível. Mas, a greve é o mais provável. De toda forma, a categoria estava dividida em relação a uma paralisação. Os caminhoneiros vêm alertando há tempos sobre as consequências da política de preços da Petrobras e o caos econômico que estaria causando na sociedade.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também criticou o aumento dos combustíveis e culpou o presidente Jair Bolsonaro pela alta de preços, já que manteve a política de paridade de importação (PPI) da companhia, implantada pelo governo de Michel Temer em 2016. Segundo dados elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no governo Bolsonaro, entre janeiro de 2019 e 17 de junho de 2022, o diesel nas refinarias subiu 203%, a gasolina, 169,1% e o GLP 119,1%. Enquanto isso, o salário-mínimo aumentou 21,4% no período.

O novo aumento do diesel e da gasolina, anunciado na mesma semana em que é aprovado no Congresso Nacional o Projeto de Lei Complementar (PLP 18), que reduz o ICMS sobre combustíveis, é mais um descaso do governo federal com o trabalhador brasileiro, a maior vítima da disparada dos preços dos derivados e descontrole da inflação, afirmou a FUP sobre o reajuste de 5,18% no preço da gasolina e de 14,26% no diesel. Para a entidade, o presidente Jair Bolsonaro debocha dos brasileiros com seu discurso eleitoreiro contra reajustes de combustíveis, já que manteve o PPI e, a quatro meses das eleições, se diz contrário às altas dos derivados, as quais deveria ter combatido desde o início de seu governo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.