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20/Jun/2022

Grãos: propostas para escoar produção da Ucrânia

Diplomatas da Turquia e das Nações Unidas (ONU) estão discutindo uma proposta para garantir o escoamento de grãos, atualmente bloqueados nos portos ucranianos. A ideia inclui a escolta de cargueiros por uma passagem segura entre as minas defensivas que protegem os portos do Mar Negro, em meio à guerra com a Rússia. A proposta é o mais recente esforço da Turquia e da ONU para transportar grãos ucranianos para fora do país. A invasão da Rússia deixou cerca de 20 milhões de toneladas de grãos retidos na Ucrânia, aumentando os temores de uma crise alimentar global. Autoridades da Turquia estão trabalhando com os governos da Rússia e da Ucrânia.

Como as localizações das minas são conhecidas, serão estabelecidos corredores seguros, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Turquia. A Turquia apoia a nova proposta, mas está aguardando a resposta da Rússia. Tanto a Rússia quanto a Ucrânia teriam que aprovar o plano, já que ambos os países instalaram minas no Mar Negro durante a guerra. A ONU saudou timidamente a proposta. Os agricultores ucranianos relataram que grupos armados estão invadindo e tomando conta de terras localizadas em regiões ocupadas por forças russas. Essas alegações estão cada vez mais comuns e têm prejudicado a indústria agrícola do país. Os agricultores contam sobre episódios de invasões em suas fazendas. Os invasores alegam que representavam o governo da autoproclamada república popular de Donetsk, que se separou da Ucrânia com apoio russo em 2014.

A Rússia não comentou sobre os supostos confiscos de terras e não abordou diretamente as acusações de roubos de grãos. O governo da Ucrânia acusou a Rússia de roubar cerca de 400 mil toneladas de grãos e sementes. O país também acusa a Rússia de tentar prejudicar o setor agrícola, que gerou cerca de 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no ano passado, segundo dados das Nações Unidas. Um estudo da Escola de Economia de Kiev estimou que a invasão custou ao setor agrícola da Ucrânia US$ 4,3 bilhões em equipamentos destruídos, terras danificadas e safras não colhidas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.