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15/Jun/2022

Combustíveis: governo tenta adiar reajuste no preço

Uma reunião entre emissários do alto escalão do governo e a diretoria da Petrobras foi realizada na segunda-feira (13/06) para tentar impedir o aumento de combustíveis que a estatal planeja para esta semana. A ideia é aumentar a gasolina em 9% e o diesel em 11%, para amenizar a defasagem de preços entre o mercado interno e o mercado internacional. A reunião girou em torno do reajuste. O governo teme que o aumento anule os esforços para a aprovação do Projeto de Lei Complementar 18 (PLP 18), que limita o teto do ICMS em 17%, por isso prefere que a Petrobras aguarde mais tempo para elevar os preços para não atrapalhar a votação. A diretoria da estatal teria recebido bem a proposta, sem, no entanto, dar certeza ao governo de que iria manter os preços congelados.

O sentimento, porém, é de que os executivos consideraram a possibilidade, mas não chegaram a uma decisão final. É possível, inclusive, que o percentual do aumento seja reduzido. O petróleo tipo Brent ultrapassou a marca de US$ 120,00 por barril esta semana e analistas já preveem que atinja US$ 130,00 por barril até o final do mês e US$ 150,00 até o final do ano. Com isso, o preço dos derivados, como gasolina e diesel, acompanha o movimento de alta, se distanciando cada vez mais dos preços praticados nas refinarias da estatal. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem nesta terça-feira (14/06) era de 16% para os dois combustíveis, mas a tendência é de que essa diferença seja ainda maior com o fortalecimento do dólar frente ao Real. A moeda-norte americana ultrapassou os R$ 5,00 e fechou nesta terça-feira (14/06), a R$ 5,13.

A Petrobras não confirma as informações. A empresa está em plena transição de comando, aguardando a documentação dos novos nomes indicados pelo governo para compor o novo Conselho de Administração, o qual vai mudar parte da diretoria para tentar segurar os preços perto das eleições presidenciais. O único nome até o momento que está sendo avaliado pelo Comitê de Pessoas (Cope) da empresa é do secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, cujo currículo não preenche os requisitos da Lei das Estatais e nem do Estatuto da Petrobras. Apesar disso, o nome pode ser aprovado, já que o Cope é apenas consultivo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.