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10/Jun/2022

Inflação: pressão de preços agrícolas deve arrefecer

Segundo a Associação Nacional das Instituições de Crédito e Investimento (Acrefi), os preços agrícolas devem imprimir alguma acomodação à curva inflacionária nos próximos meses e manter, assim, a trajetória da descompressão do IPCA iniciada em maio, com a entrada no mercado dos produtos agrícolas da 2ª safra de 2022 (safra de inverno). O IPCA de maio mostrou um ajuste médio dos preços ao consumidor de 0,47%, taxa que fechou abaixo da inflação de 1,06% em abril. Essa desaceleração se deu, principalmente, por causa do grupo Habitação, que se beneficiou da troca da bandeira de escassez hídrica nas contas de luz pela bandeira verde.

A tendência sazonal a partir deste mês de maio é de acomodação da curva inflacionária com menor pressão de preços agrícolas. Além disso, o aperto monetário também deve apoiar a acomodação do índice nos próximos meses. Um contraponto, no entanto, pode ser novas pressões vindas de commodities, principalmente petróleo, e indexação e reposição de margens no setor de Serviços. Esse quadro permite o Banco Central buscar sua intenção de encerrar o ciclo de alta da Selic no Copom este mês em 13,25%.

Jogam contra essa hipótese de anunciar o fim ciclo de aumento da Selic novas pressões inflacionárias e taxa de câmbio mais desvalorizada em função da precificação de maior risco fiscal com o pacote de redução de ICMS e outros. Cresceu muito a possibilidade de o Copom encerrar ciclo de alta em junho também com base no efeito de acomodação da curva de inflação por conta do efeito estimado de redução do IPCA de 2022 entre 0,70% e 2,00% na melhor hipótese do pacote de corte tributário em andamento no Congresso. A Acrefi trabalha com projeções de inflação final para este ano em 8,20%, em 4,50% ano que vem e Selic em 13,25% e em 8,50%, respectivamente em 2022 e 2023. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.