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10/Jun/2022

Brasil: inflação tem desaceleração no mês de maio

Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,47%, ante um avanço de 1,06% em abril. A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 4,78%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 11,73%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve elevação de 0,45% em maio, após um avanço de 1,04% em abril. Como resultado, o índice acumulou uma elevação de 4,96% no ano. A taxa em 12 meses foi de 11,90%. Em maio de 2021, o INPC tinha sido de 0,96%. O INPC mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários-mínimos e chefiadas por assalariados. As famílias brasileiras gastaram 1,70% a menos com habitação em maio, uma contribuição de -0,26% para a taxa de 0,47% registrada pelo IPCA no mês. O recuo foi puxado pela queda de 7,95% no custo da energia elétrica, que resultou numa contribuição de -0,36% para a inflação.

Desde 16 de abril, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, extinguindo a cobrança extra na conta de luz em vigor desde setembro do ano passado pelo acionamento da bandeira tarifária de Escassez Hídrica, que acrescentava R$14,20 a cada 100Kwh consumidos. No entanto, houve reajustes nas tarifas de Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Aracaju (SE) e Campo Grande (MS). Ainda em Habitação, o gás de botijão recuou 1,02%, e a taxa de água e esgoto subiu 2,73%, com reajustes em São Paulo (SP) e Curitiba (PR). O gás encanado aumentou 2,23%, com reajustes no Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR). A alta de 0,47% registrada pelo IPCA em maio foi a variação mais baixa desde abril de 2021, quando o índice foi de 0,31%. No mês de maio de 2021, o IPCA tinha sido de 0,83%. A taxa em 12 meses passou de 12,13% em abril para 11,73% em maio. A meta de inflação para este ano perseguida pelo Banco Central é de 3,5%, que tem teto de tolerância de 5%.

O grupo Alimentação e bebidas saiu de um aumento de 2,06% em abril para uma elevação de 0,48% em maio. O grupo contribuiu com 0,10% para a taxa de 0,47% do IPCA do último mês. A alimentação no domicílio aumentou 0,43% em maio. Houve queda nos preços do tomate (-23,72%), batata-inglesa (-3,94%) e cenoura (-24,07%), embora a variação acumulada desse alimento em 12 meses ainda seja de 116,37%. O maior impacto positivo dentro do grupo dos alimentos foi do leite longa vida, com alta de 4,65% e contribuição de 0,04%. O item já acumula uma elevação de 28,03% no ano. Os preços da cebola subiram 21,36% m maio, maior variação positiva do IPCA no mês. A alimentação fora do domicílio aumentou 0,61%. O lanche avançou 1,08%, e a refeição fora de casa subiu 0,41%. Os gastos das famílias com transportes passaram de alta de 1,91% em abril para um avanço de 1,34% em maio, um impacto de 0,30%. A alta no grupo em maio foi puxada pelo aumento de 18,33% nas passagens aéreas, que já tinham subido em abril (9,48%). O item foi o maior impacto individual sobre a inflação do mês, 0,08%, juntamente com os produtos farmacêuticos, que subiram 2,51% no grupo Saúde e cuidados pessoais (1,01%).

Em maio, os combustíveis ficaram 1,00% mais caros. A gasolina aumentou 0,92%, mas o etanol recuou 0,43%. Ainda em Transportes, o ônibus urbano subiu 0,06%, com reajuste das passagens em Aracaju (SE). O táxi ficou 0,72% mais caro, com reajustes nas tarifas em São Paulo (SP) e Fortaleza (CE). Os ônibus intermunicipais subiram 1,19%, com avanços em três áreas: Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE) e Porto Alegre (RS). Oito dos nove grupos que integram o IPCA registraram altas de preços em maio. A única deflação ocorreu em Habitação (-1,70%). As famílias gastaram mais com Alimentação e bebidas (0,48%), Saúde e cuidados pessoais (1,01%), Artigos de residência (0,66%), Vestuário (2,11%, impacto de 0,09%), Transportes (1,34%), Despesas pessoais (0,52%). Educação (0,04%) e Comunicação (0,72%). Em Saúde e cuidados pessoais, houve pressão da alta dos produtos farmacêuticos (2,51%), maior pressão individual no índice de maio, 0,08%, juntamente com as passagens aéreas.

Os planos de saúde, por sua vez, seguem em queda (-0,69%). O reajuste de 15,5% aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no dia 26 de maio será incorporado a partir do IPCA-15 de junho, seguindo a metodologia empregada nos anos anteriores. A alta nos planos de saúde autorizada pela ANS será observada no IPCA de junho. O resultado do grupo Vestuário foi puxado pelos aumentos das roupas masculinas (2,65%), roupas femininas (2,18%) e roupas infantis (2,14%). O item calçados e acessórios subiu 2,06%, mas as joias e bijuterias recuaram 0,34%. Vestuário teve aumento do preço do insumo, mas também teve colaboração aí de inflação de custos, alta de energia elétrica e alta de combustíveis. Em maio, houve alta de preços em 15 das 16 regiões que integram o IPCA. A taxa mais acentuada ocorreu em Fortaleza - CE (1,41%), enquanto a única queda foi registrada em Vitória - ES. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.