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08/Jun/2022

Endividamento das famílias cai em maio ante abril

Conforme os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada nesta terça-feira (07/06) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias brasileiras endividadas caiu na passagem de abril para maio, mas a inadimplência aumentou. Em maio, 77,4% das famílias relataram ter dívidas a vencer, queda de 0,3% em relação a abril. Na comparação com maio de 2021, houve um salto de 9,8%. A inadimplência, medida pela proporção de famílias que relataram ter dívidas em atraso, ficou em 28,7% do total de entrevistados, alta de 0,1% ante abril. A proporção de entrevistados que informou que não terão condições de pagar as dívidas em atraso, um sinal de permanência na inadimplência, ficou em 10,8%, 0,1% abaixo do registrado em abril.

As famílias estão enfrentando dificuldades para honrar suas dívidas no mês, pois já estão com o orçamento muito apertado não só por conta das dívidas, mas também pela inflação ao consumidor acima dos 12% anuais. O comprometimento médio da renda familiar com dívidas chegou a 30,4% em maio, a maior proporção desde agosto de 2021. Do total de endividados, 22,2% precisaram de mais de 50% da renda para pagar dívidas com bancos e financeiras, proporção mais elevada desde dezembro de 2017. A análise desagregada por faixa de renda indica a abertura de postos de trabalho, ainda que com salário mais baixos, e políticas de transferência de renda, como a criação dom Auxílio Brasil de R$ 400,00 ao mês e a antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas, aliviaram o orçamento dos mais pobres.

Tanto que a queda de 0,3% na proporção de famílias endividadas foi puxada por aqueles com rendimento familiar abaixo de dez salários-mínimos. A queda foi maior entre as famílias de menor renda, com até dez salários (-0,3%). Para esse grupo, o volume dos que afirmaram não ter condições de pagar as contas já atrasadas manteve-se estável (13,1% do total). Essa dinâmica é explicada pela melhora do mercado de trabalho e pelas transferências de renda, como o incremento no valor do Auxílio Brasil, saques extras do FGTS e antecipações do 13º salário. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.