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01/Jun/2022

Plano Safra 2022/2023: não deverá faltar recursos

Segundo o Banco do Brasil, os recursos destinados ao Plano Safra 2022/2023, que se inicia oficialmente em 1º de julho, devem acabar sendo uma combinação de política fiscal e monetária. A equalização tem efeito fiscal, somada a algum recurso como exigibilidade bancária, ou depósitos compulsórios, que é o que tem feito a política monetária. Assim, o governo vai achar uma solução para oferecer um Plano Safra robusto. Sobre a reclamação do setor agropecuário, de que os spreads cobrados pelos bancos são caros e poderiam ser menores para baratear o crédito rural, o BB argumentou que a formação das taxas de crédito rural oferecidas pelos bancos é um processo transparente. Nas decisões de crédito rural divulgadas pelo governo após a divulgação do Plano Safra há todos os spreads de todas as instituições financeiras que financiam o agro. Por linha de crédito e por finalidade. Não há problema de transparência.

Porém, a tendência atualmente é de os spreads caírem, e isso não só no Banco do Brasil, com a profissionalização e maior tecnologia adotada pelos bancos, que reduz custos, além do menor índice de inadimplência. Este ano, o Banco do Brasil conseguiu reduzir a inadimplência, que era de 1% e hoje é de 0,6% no crédito rural. Além disso, foram implementadas várias medidas de simplificação e automação do crédito, o que reduz custos e permitiu reduzir spreads em todas as linhas do Plano Safra. O Santander garantiu que haverá recursos para o Plano Safra 2022/2023. Cerca de R$ 22 bilhões serão necessários para a equalização das taxas de juros do crédito rural pelo Tesouro Nacional, conforme calcula o setor agropecuário. Ainda não se sabe de onde esses recursos virão, mas os bancos terão recursos para oferecer para o crédito rural.

Da mesma forma que é possível garantir que vai ter recurso, se eles vierem de taxas subsidiadas, equalizado ou a juros livres ou LCA, isso é o menos importante. O setor está saudável e vai ter o recurso e os produtores rurais deveriam garantir logo este recurso e o limite de crédito junto aos bancos. Havendo limite de crédito, de onde virão as fontes de financiamento é um assunto que passa a ser secundário. Segundo o Banco do Brasil, os recursos a taxas equalizadas no Plano Safra 2022/2023 deveriam ser destinados principalmente a linhas de crédito ligadas à sustentabilidade. O mais importante é o foco no recurso e a sustentabilidade deve ser prioridade. O governo tem que fazer escolhas e o agronegócio é um setor muito bem representado no governo e certamente os políticos vão fazer a pressão necessária para se ter o maior Plano Safra dos últimos anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.