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01/Jun/2022

Alimentos: prêmios dão visibilidade para empresas

O azeite de oliva Sabiá foi eleito, no fim de abril, em um dos mais conceituados prêmios internacionais de azeite, como um dos dez melhores do mundo. Em dois dias, a empresa recebeu mais de mil pedidos. O impacto nas vendas foi muito grande. Quase 80% das pessoas que fizeram a primeira compra estão comprando pela segunda vez. O negócio de azeites, lançado em 2020, já acumula mais de 40 prêmios internacionais, rendendo uma grande vitrine para os empreendedores. Assim como o azeite Sabiá, outros pequenos negócios de alimentação de alta qualidade chamam a atenção pelos prêmios. É o caso do chocolate Mission, que começou a participar de concursos em 2017 e reúne 50 premiações, e o da cerveja Dádiva, que desde 2016 acumula 33 distinções. Em comum, a visão de negócio é a mesma: usar os prêmios como uma chancela da alta qualidade dos produtos e se diferenciar no mercado consumidor.

Segundo a Mission Chocolates, esse foi o objetivo ao começar a participar dos principais prêmios globais de chocolates, como o International Chocolate Awards Americas (Nova York) e o Academy of Chocolate (Londres). Para o consumidor, é muita marca no mercado, o que dificulta a escolha. Então, quando se disputa espaço numa loja, vale quando é premiado. A cervejaria Dádiva também mira a participação em prêmios em favor da visibilidade da marca. Quando a empresa é pequena, uma validação externa ajuda a dar reconhecimento. Quando a empresa entrou no mercado, havia cerca de 200 cervejarias registradas e hoje são mais de mil. É uma forma de rentabilizar o concurso de forma imediata, na sequência da premiação, que leva clientes ao produto pelo barulho da divulgação.

Mas, a longo prazo, é preciso viabilizar outras estratégias. E por que pequenas empresas são capazes de alcançar reconhecimentos por alta qualidade e empresas maiores em geral não? A resposta pode ser o controle rígido de produção, acompanhado de perto pelo dono, do cultivo à embalagem, o que fortalece pequenos negócios artesanais. No caso do Sabiá, isso inclui colheita à mão, cadeia refrigerada, além de encurtamento do tempo entre colheita e extração para evitar a oxidação das azeitonas. No ramo dos chocolates, além de a indústria usar um produto inferior (o cacau commodity), as diferenças constantes nas safras levam à padronização. A indústria coloca bastante aromatizante, com torra alta para matar os sabores ruins (de cacau inferior), mas daí mata tudo, e é precisa utilizar muito açúcar. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.