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01/Jun/2022

Grãos: Ucrânia exportará menos da metade da safra

A infraestrutura precária da Ucrânia não deve permitir que o país escoe os 30 milhões de toneladas de milho, trigo e óleo de girassol que serão estocadas após o início da colheita, que começa oficialmente em junho, afirmam agricultores e funcionários do governo. É provável que menos da metade dessa colheita seja exportada, privando o mundo de mais de 8% de todas as exportações de cereais e ameaçando aumentar ainda mais os preços dos alimentos e exacerbar a escassez. A tomada de portos ucranianos pela Rússia e o bloqueio de navios ao redor do Mar Negro fecharam a rota que quase todos os grãos da Ucrânia normalmente fariam.

Isso direcionou a produção agrícola para estradas e ferrovias que se ligam às fronteiras ocidentais da Ucrânia ou Danúbio para serem carregadas em navios na Romênia. Segundo a companhia de grãos norte-americana Archer Daniels Midland (ADM), a indústria movimentou grãos por trem e caminhões a um volume de 100 mil a 150 mil toneladas em março e 1 milhão de toneladas em abril. Antes da guerra, isso era cerca de 5 milhões a 6 milhões de toneladas por mês, principalmente por via marítima. O governo ucraniano quer abrir novos pontos de fronteira para poder lidar com mais carga, mas também precisa consertar portos, estradas e pontes existentes que foram destruídos pela Rússia.

Por isso, autoridades ucranianas esperam que grandes comerciantes de grãos norte-americanos, incluindo Bunge e ADM, se tornem atores-chave em seu esforço para exportar mais grãos, investindo na expansão da capacidade nas fronteiras do país. Os comerciantes dos Estados Unidos, porém, temem que qualquer investimento em novas formas de escoamento possa ser um desperdício de dinheiro caso os portos reabram posteriormente. As melhores rotas são as que já existiam. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.