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01/Jun/2022

UE embarga petróleo russo e enfrentará recessão

Segundo o Conselho Europeu, os 27 Estados-membros da União Europeia chegaram a um acordo para banir as exportações do petróleo da Rússia para o bloco. Isso cobre imediatamente mais de 2/3 das importações de petróleo da Rússia, cortando uma fonte imensa de financiamento para sua máquina de guerra. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou o acordo feito. "De modo efetivo, isso cortará cerca de 90% das importações de petróleo da Rússia para a União Europeia até o fim deste ano", disse.

Entre outras medidas no novo pacote de sanções, estarão a retirada de um dos maiores bancos russos, o Sberbank, do sistema internacional de pagamentos Swift, o banimento de mais três emissoras estatais russas e sanções a indivíduos considerados responsáveis por crimes de guerra na Ucrânia. Segundo o Rabobank, o embargo parcial na União Europeia às importações de petróleo russo deve empurrar a zona do euro a um quadro de recessão no final deste ano e início do próximo. O banco cortou a projeção para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da região em 2022, de 2,9% a 2,2%, e passou a estimar contração de 0,1% em 2023 (de avanço de 1,5% anteriormente).

O veto não deve provocar duradoura escassez de energia na Europa. No entanto, os ajustes devem demorar e impulsionar os preços de petróleo cru e refinado. Quando a China retirar todas as restrições contra a Covid-19, a cotação do Brent pode atingir US$ 170,00 por barril. Nesse cenário, a zona do euro terá dificuldades em manter crescimento positivo já a partir do terceiro trimestre. Medidas de apoio fiscal dos governos devem aliviar parte das pressões inflacionários e sustentar o PIB em alguns décimos, mas sem evitar a recessão.

Trata-se de uma crise induzida por choque de oferta que não pode ser resolvida aumentando a demanda. O avanço da inflação deve conter a disposição de famílias a consumir. A taxa de desemprego na zona do euro deve subir de 7,2% este ano a 7,5% em 2023 e a 7,8% em 2024. Embora inflação mais elevada e a escassez de oferta continuem sendo os principais impulsionadores da desaceleração econômica, o aperto das condições financeiras provavelmente contribuirá para uma ‘aceleração' da desaceleração econômica com o passar do tempo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.