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26/Mai/2022

Alimentos: efeitos da redução da TEC são limitados

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) avalia que a redução de 10% do imposto de importação para feijão, carne, massas, biscoitos e arroz terá pouco efeito na queda de preços ao consumidor. A redução é mais uma medida do governo na tentativa de combater a inflação, mas a inflação de alimentos é um fenômeno global, como mostra o índice de commodities agrícolas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que atingiu o maior nível dos últimos 61 anos em abril.

Portanto, o impacto desta medida para a queda de preços ao consumidor deverá ser muito baixo, exatamente por causa dos preços internacionais estarem elevados, além do alto custo de frete. A redução da alíquota feita pelo governo é referente à Tarifa Externa Comum (TEC), tributo cobrado para importação de produtos de fora do Mercosul e adotado por todos os países do bloco. A medida foi anunciada ontem pelo governo federal e é válida até dezembro de 2023. A associação afirmou também ser favorável à livre concorrência e à livre negociação de mercado e defendeu igualdade de condições referentes à desoneração de insumos para produção de alimentos pela indústria brasileira.

A indústria brasileira de alimentos opera hoje com 30% de ociosidade na capacidade instalada. O Brasil tem uma indústria sólida e poderia produzir ainda mais se houvesse redução nos impostos na cadeia como um todo: insumos (óleo de palma, glúten de trigo, materiais para embalagem etc.), mão de obra, energia elétrica, combustíveis, entre outros. Isso sim, poderia contribuir para uma produção mais eficiente, com geração de empregos e arrecadação de impostos, podendo se refletir até mesmo na queda de preços aos consumidores. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.