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25/Mai/2022

Inflação: prévia tem maior alta para maio em 6 anos

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,59% em maio, após ter avançado 1,73% em abril. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,93% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 12,20%. A alta de 0,59% registrada em maio pelo IPCA-15 foi a mais elevada para o mês desde 2016, quando ficou em 0,86%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses passar de 12,03% em abril para 12,20% em maio, a mais elevada desde novembro de 2003, quando estava em 12,69%. As famílias brasileiras gastaram 1,80% mais com Transportes em maio, depois de uma alta de preços de 3,43% em abril. O grupo foi responsável por 0,40% da taxa de 0,59% registrada pelo IPCA-15 neste mês.

O resultado foi turbinado pelo encarecimento das passagens aéreas, mas também da gasolina e etanol. As passagens aéreas ficaram 18,40% mais caras em maio, uma contribuição de 0,09% para o IPCA-15. Os combustíveis subiram 2,05%, depois de uma elevação de 7,54% no mês anterior. A gasolina aumentou 1,24% em maio, uma contribuição de 0,08% para a inflação, enquanto o etanol subiu 7,79%, uma pressão de 0,07%. O seguro de veículo ficou 3,48% mais caro, acumulando uma alta de 18,24% neste ano. Houve aumentos também no táxi (5,94%); no metrô (2,17%); e no ônibus urbano (0,17%). Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 2,25% em abril para um aumento de 1,52% em maio. O grupo Alimentação e bebidas deu uma contribuição de 0,32% para a taxa de 0,59% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio saiu de uma elevação de 3,00% em abril para um aumento de 1,71% em maio.

Os destaques foram o leite longa vida (7,99%, com impacto de 0,06%) e a batata-inglesa (16,78% e 0,04%). Houve altas ainda em outros alimentos importantes na cesta de consumo dos brasileiros, como a cebola (14,87%) e o pão francês (3,84%). Por outro lado, ficaram mais baratos as frutas (-2,47%), tomate (-11%) e cenoura (-16,19%). A alimentação fora do domicílio acelerou de uma alta de 0,28% em abril para um aumento de 1,02% em maio. A refeição fora de casa ficou 0,52% mais cara em maio, enquanto o lanche subiu 1,89%. Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de um aumento de 1,73% em abril para uma redução de 3,85% em maio, o que ajudou a conter a inflação em -0,62%.

A taxa do IPCA-15 foi de 0,59% em maio, mas teria sido mais que o dobro disso, não fosse a contribuição da queda na conta de luz. A energia elétrica recuou 14,09% em maio, devido à mudança na bandeira tarifária. A partir de 16 de abril, passou a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz, em substituição à bandeira Escassez Hídrica, com acréscimo de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, em vigor desde setembro de 2021. Ainda em Habitação, houve aumento de 0,81% no gás encanado. A taxa de água e esgoto subiu 0,55%. A alta de 0,59% na prévia da inflação oficial em maio foi decorrente de aumento em oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15. A única deflação foi registrada pelo grupo Habitação (-3,85%). Os avanços de preços ocorreram em Transportes (1,80%), Comunicação (0,50%), Alimentação e bebidas (1,52%), Vestuário (1,86%), Educação (0,06%), Artigos de residência (0,98%), Despesas pessoais (0,74%) e Saúde e cuidados pessoais (2,19%).

A alta de custos de Saúde e cuidados pessoais, grupo de maior variação em maio, resultou em uma contribuição de 0,27% para o IPCA-15 do mês. O desempenho foi influenciado pela elevação nos preços dos produtos farmacêuticos (5,24%), após o reajuste de até 10,89% autorizado pelo governo, e dos itens de higiene pessoal (3,03%). Os dois itens puxam a lista de maiores impactos sobre a inflação do mês: produtos farmacêuticos (com 0,17%), higiene pessoal (0,11%), passagem aérea (alta de 18,40% e impacto de 0,09%), gasolina (alta de 1,24% e impacto de 0,08%) e etanol (aumento de 7,79% e impacto de 0,07%). O resultado geral do IPCA-15 em maio foi decorrente de aumentos de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.