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19/Mai/2022

Confiança do Agronegócio avança no 1º trimestre

O Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), fechou o 1º trimestre de 2022 em 111,5 pontos, alta de 1,9 ponto em relação ao levantamento anterior. A alta foi puxada principalmente pelas indústrias situadas “Depois da Porteira”, o único segmento dentre todos os pesquisados em que de fato a confiança melhorou. Houve recuo nos índices de indústria “Antes da Porteira” e dos produtores agropecuários. Apesar dessa diferença, houve entre os segmentos do agronegócio uma melhora das avaliações sobre a economia brasileira. O ICAgro é calculado a partir dos Índices de Confiança da Indústria (Antes da Porteira, que são as empresas de insumos agrícolas, e depois da porteira, referente às fabricantes de alimentos) e do Produtor Agropecuário (produtor agrícola e pecuário). O levantamento considera otimistas marcas acima dos 100 pontos. O Índice de Confiança das Indústrias (Antes e Depois da Porteira) avançou 5,2 pontos, para 114,5 pontos.

Entre as indústrias de insumos agropecuários (Antes da Porteira) houve recuo de 3,7 pontos, para 107,7 pontos, mas boa parte das entrevistas aconteceu em março, no início da guerra entre Rússia e Ucrânia, quando ainda havia muita incerteza sobre oferta e preço de fertilizantes. A perda foi compensada pela alta de 9,0 pontos, para 117,4 pontos, entre indústrias situadas Depois da Porteira, cujo otimismo pode ser atribuído em boa parte às exportações volumosas do setor. O Índice de Confiança do Produtor Agropecuário caiu 2,8 pontos, para 107,2 pontos. Ainda é um resultado que situa os ânimos do grupo na faixa considerada otimista pelos critérios da pesquisa, mas no patamar mais próximo da neutralidade desde o 4º trimestre de 2018, quando começou um período em que a percepção dos produtores tem se mantido predominantemente positiva.

Entre produtores agrícolas, a queda foi de 2,9 pontos, para 109,1 pontos, refletindo especialmente a piora das relações de troca após o encarecimento dos fertilizantes e temores de falta de oferta. O recuo para o produtor pecuário foi de 2,6 pontos, a 101,4 pontos. Houve piora na percepção de custos de produção com o avanço de grãos e da ureia, além do alto patamar do preço dos bezerros. A piora das condições do crédito rural também reduziu o otimismo dos produtores pecuários. Diferentemente do que aconteceu com os agricultores, os preços aos produtores não amenizaram a situação, com as cotações futuras do boi gordo abaixo do mercado físico desde o início do ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.