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19/Mai/2022

Mercado de Carbono: regulação do mercado no País

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, informou que, em conjunto com o Ministério da Economia, foi criado o mercado regulado de mercado de carbono no Brasil. Também serão lançados instrumentos que “monetizem” o mercado de carbono. O Brasil tem vocação para geração de créditos de alta qualidade e o governo está realizando uma taxonomia com critérios rígidos para o mercado doméstico em parceria com o setor privado. A regulação é necessária para projetos verdes em linha com o futuro neutro de emissões. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que será criado um grupo para elaborar regras para o desenvolvimento do mercado de carbono no Brasil. Estudar uma taxonomia para o Brasil é muito importante. Também será criado um grupo para pensar quais são as regras necessárias para que o mercado de carbono se desenvolva.

Campos Neto defendeu ainda soluções de mercado para a segurança alimentar e energética do mundo, respeitando questões como preço e alocação de recursos de forma eficiente. Muitas medidas estão sendo tomadas com o objetivo de atingir segurança energética e alimentar e vários governos estão fazendo medidas isoladas com pouca coordenação e com pouca lógica de mercado. Ele afirmou estar ciente da crescente preocupação com a agenda climática e que isso está ligado à política monetária e à estabilidade financeira. Choques climáticos têm impactos negativos. O cenário de risco climático foi incluído em testes de estresse de curto prazo. Ele defendeu também que a qualidade e disponibilidade de dados é chave para financiamento sustentável. O Banco do Brasil anunciou parcerias e novos produtos voltados aos chamados créditos de carbono, emitidos para empresas que reduzem suas emissões de gases causadores do efeito estufa. O banco fará a intermediação destes ativos, e permitirá a seus clientes investir neles.

Foram iniciados projetos e parcerias com grandes empresas, startups e climatechs do mercado de créditos de carbono, que possibilitarão ao banco a atuação em diversas frentes. as parcerias são com a Ecosecurities, a Carbon Next, a Future Carbon, a Biofílica e a Moss. As companhias atuam no mercado de crédito de carbono tanto no Brasil quanto em outros países. A primeira ação do banco a partir das parcerias será apoiar os clientes no desenvolvimento e originação de projetos que gerem créditos de carbono. O Banco do Brasil é o grande financiador do agronegócio e muito desses clientes poderão rentabilizar suas florestas que excedem a reserva legal. O banco vai intermediar esses créditos, conectando geradores destes ativos a potenciais compradores, para viabilizar negócios. Adicionalmente, lançará um fundo de investimento para que todos os seus clientes possam investir em créditos de carbono, o que vai aumentar a liquidez do mercado e oferecer possibilidades de investimento neste mercado.

A partir desta quarta-feira (18/05), está disponível o primeiro fundo BB destinado a projetos de créditos de carbono, o BB Multimercado Crédito de Carbono, com um aporte inicial de R$ 2 milhões e benchmark de R$ 50 milhões até o final do ano. O fundo estará atrelado à variação dos preços no mercado global de créditos de carbono. O Banco do Brasil deve assinar acordos com o Banco Mundial e a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), para a captação de valores que serão destinados a projetos com adicionalidade socioambiental. O banco pretende ainda buscar uma aceleração no processo de geração de créditos de carbono, para trazer pequenos produtores a esse mercado, e abrir aos clientes a possibilidade de que façam doações à Fundação Banco do Brasil através do aplicativo da instituição. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.