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18/Mai/2022

Crédito Rural se reverte em benefício da sociedade

Estudo elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e incluído no documento de propostas para o Plano Safra 2022/2023 que foi apresentado nesta terça-feira (17/05) detalha uma série de benefícios econômicos de uma eventual elevação do montante para a equalização de taxas de juros a R$ 21,8 bilhões, R$ 8,8 bilhões a mais do que os R$ 13 bilhões anunciados para a safra atual. Um deles seria a redução, no prazo de um ano, dos preços dos alimentos para o consumidor em 0,46%, em razão do aumento da produção agrícola e pecuária viabilizado pelo maior apoio governamental. Esse efeito é particularmente importante e desejável se considerar o avanço expressivo dos preços ao consumidor em todo mundo nos últimos meses. Mostrar à sociedade os benefícios de destinar ao setor rural mais recursos do orçamento para subvenção de taxas é relevante tendo em vista que não está claro, até o momento, de onde poderá sair o dinheiro. Hoje, não há caixa no orçamento de 2022 para o Plano Safra que entrará em vigor em julho.

Uma possibilidade não formalizada em propostas seria discutir no Congresso e com a sociedade a elevação do teto de gastos, respaldada pelo aumento de arrecadação no País em 2021 e por uma possível situação de emergência alimentar em 2023, acompanhada por uma maior inflação de alimentos decorrente da guerra na Ucrânia. O estudo aponta os efeitos dos R$ 8,8 bilhões adicionais para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional, exportações, consumo das famílias, salários, empregos, preços ao consumidor e produção agropecuária. No prazo de um ano, o PIB nacional ganharia R$ 16,5 bilhões, as exportações aumentariam em R$ 13,3 bilhões, o consumo das famílias subiria R$ 9 bilhões, 202,9 mil empregos seriam gerados, além de uma produção agropecuária de R$ 9 bilhões. Além disso, haveria avanço de 2,68% na produtividade na terra e de 3% na do trabalho. Para cada R$ 1 bilhão adicional concedido à equalização das taxas, poderão ser gerados, em um ano, aumentos de R$ 1,87 bilhão no PIB Nacional, de R$ 1,51 bilhão nas exportações, R$ 1,02 bilhão no consumo das famílias e R$ 1,02 bilhão na produção agropecuária.

No longo prazo, o aumento de R$ 8,8 bilhões pode gerar crescimento de 0,40% do PIB Nacional, ou R$ 35 bilhões adicionais; de 0,88% nas exportações, com R$ 15,4 bilhões a mais; e de 0,23% no consumo das famílias, que subiria em R$ 12,5 bilhões. Além disso, o salário real subiria 0,59%, o preço dos alimentos ao consumidor cairia 0,17% e a produção agropecuária seria elevada em R$ 20,3 bilhões. Os ganhos de rendimento no campo seriam da ordem de 3,27%; no trabalho, de 3,43%; e o aumento dos investimentos chegaria a 6,3%. Para cada R$ 1 bilhão a mais aplicado na subvenção de taxas do Plano Safra, seriam gerados no longo prazo aumentos de R$ 3,97 bilhões do PIB, de R$ 1,75 bilhão nas exportações, de R$ 1,42 bilhão no consumo das famílias e de R$ 2,30 bilhões na produção Agropecuária. As informações reforçam a relevância do crédito rural para a sociedade brasileira. O fomento ao mercado de trabalho e à produção de alimentos a preços acessíveis são fatores importantes para assegurar a segurança alimentar e nutricional da população, particularmente em cenário de inflação elevada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.