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17/Mai/2022

Plano Safra 2022/2023: as propostas da FAMATO

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) entregou ao Ministério da Agricultura suas propostas para o Plano Safra 2022/2023. A principal demanda diz respeito ao aumento de recursos para o crédito agrícola e do limite que pode ser contratado por CPF. Esses pedidos tiveram como base a alta dos custos de produção, com avanço entre 40% e 60% para a próxima safra, que começa oficialmente em 1º de julho. Com o mesmo limite que o produtor tinha para tomar empréstimo ele não vai mais conseguir fazer o mesmo plantio das safras anteriores. Este é o principal problema enfrentado hoje. Segundo o Instituto Pensar Agro (IPA), a operacionalização do Plano Safra 2022/2023 vai exigir aportes da ordem de R$ 22 bilhões para equalização de juros. Esses R$ 22 bilhões são apenas uma atualização, tendo em vista que tivemos no Brasil aumento de preços dos insumos, defensivos, óleo diesel, transporte, inflação, entre outros.

Os custos para produzir no País tiveram em média um aumento de R$ 8 bilhões para fazer exatamente o que se fez no ano anterior. A dificuldade do Ministério da Agricultura e do setor é encontrar esse espaço orçamentário para aprovar os R$ 22 bilhões. Mesmo com tais dificuldades, a Famato solicitou o aumento do limite de recursos do custeio agrícola por CPF; o aumento dos recursos de crédito rural, tanto para custeio quanto para investimento, além de prioridade à destinação de recursos para o Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), o Inovagro (linha voltada à inovação das propriedades rurais), Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e Moderfrota (voltado ao financiamento de máquinas agrícolas). As demandas se basearam em estudos realizados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). As informações foram repassadas ao governo federal e ao Banco Central para que o setor seja atendido e o próximo plantio não seja prejudicado com a falta dos recursos controlados, as altas taxas de juros e o limite por CPF inadequados para a realidade dos produtores de Mato Grosso.

A Famato solicitou, também, que haja garantia de recursos destinados à subvenção das taxas de juros do Plano Safra 2022/2023, viabilizando taxas compatíveis para as linhas de custeio e investimento, inclusive do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) para a agropecuária empresarial. Na safra 2021/2022, o sucessivo aumento da taxa básica de juros, a Selic, inviabilizou a equalização das taxas de juros no âmbito do Plano Safra, fazendo com que o Tesouro Nacional suspendesse, durante alguns meses, a destinação de mais recursos para essa finalidade, a fim de não se estourar o teto de gastos. A questão foi resolvida só recentemente, com crédito extra suplementar para a equalização. Inicialmente, no Plano Safra 2021/2022 foi destinado um total de R$ 13 bilhões para equalização de juros, com taxas variando entre 3% e 8,5%. O setor espera que haja aumento de recursos para equalização e manutenção das taxas de juros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.