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16/Mai/2022

Desemprego fica estável no 1º trimestre de 2022

Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (13/05), a taxa de desemprego foi considerada estatisticamente estável em 26 das 27 unidades da Federação na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022. A única queda considerada estatisticamente significativa (que supera o intervalo da margem de erro da pesquisa) ocorreu no Amapá, -3,3%, de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre de 2022. A taxa de desemprego no estado de São Paulo passou de 11,1% para 10,8% no período. São Paulo tem base econômica mais diversificada, da produção industrial, da produção agrícola, da produção extrativa, fazendo com que essa diversidade econômica gere mais oportunidades de ocupação.

O Rio de Janeiro mostrou piora, aumentando de 14,2% para 14,9% no período, uma das mais elevadas do Brasil. O Rio de Janeiro, tem uma atividade econômica muito voltada para serviços e comércio, sendo essas as mais afetadas nos últimos anos, isso acaba atrapalhando a capacidade de geração de oportunidade de ocupação. No primeiro trimestre, as maiores taxas de desocupação foram as da Bahia (17,6%), Pernambuco (17,0%) e Rio de Janeiro (14,9%). Os menores resultados foram registrados em Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%). Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,1% no primeiro trimestre, mesmo resultado do último trimestre de 2021.

O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2022 com 4,594 milhões de desalentados, pessoas em idade de trabalhar que não procuram emprego por acreditaram que não conseguiriam uma oportunidade, por exemplo. Esse montante respondeu por 55% da força de trabalho potencial no período, que reúne 8,354 milhões de brasileiros que não trabalham nem procura vagam, mas que teriam condições de assumir um emprego. Se considerada toda a população subutilizada, que inclui também os desempregados (11,949 milhões) e os que trabalham menos horas do que poderiam e gostariam (6,509 milhões), faltou trabalho no primeiro trimestre para 26,812 milhões de brasileiros. A subutilização é mais elevada entre as mulheres. Há tendência de redução nessa estimativa em todas as regiões.

No primeiro trimestre, a Pnad Contínua mostrou que a média de horas habitualmente trabalhadas por quem estava ocupado subiu a 39,4 horas semanas, já a média efetivamente trabalhada ficou em 37,7 horas no período. A taxa de desemprego foi de 9,1% para os homens no primeiro trimestre, ante um resultado de 13,7% para as mulheres. Essa diferença faz com que a taxa de desocupação entre as mulheres seja 50,5% maior do que aquele observada pelos homens. Por cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos, em 8,9%, muito aquém do resultado para os pretos (13,3%) e pardos (12,9%). Ou seja, a taxa de desemprego dos pretos era 49,4% maior que a dos brancos, enquanto a dos pardos era 44,9% superior. No primeiro trimestre de 2022, 64,2% dos desempregados no País eram pretos ou pardos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.