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16/Mai/2022

China: política Covid-zero deve perdurar este ano

Uma transição gradual da política de zero-Covid na China só deve começar a ocorrer após o presidente Xi Jinping assegurar seu terceiro termo no cargo, o que deve ocorrer até novembro. O processo, contudo, será lento e até que a transição do quadro político ocorra totalmente, o que só deve acontecer em março de 2023, os riscos de lockdown seguem altos. A covid-19 só deve ser reconhecida pelo governo chinês como um "risco gerenciável" no início de 2024.

Somente nesse momento, quando o Partido Chinês entender que a vacinação está em um patamar forte e há disponibilidade para tratamento no setor de saúde, é que as fronteiras começarão a serem reabertas, ainda que seja provável que a exigência de prova de vacinação ainda perdure. A China já sinalizou três áreas críticas de investimento que precisam ser resolvidas para que a política de Covid-zero seja revista: vacinação de idosos, disponibilidade de leitos para tratamento e infraestrutura de saúde.

O progresso ao menos nas duas primeiras áreas, com no mínimo 80% da população idosa vacinada, pode reduzir, ainda que não elimine, a possibilidade de restrições rigorosas até o fim deste ano. Ao longo de 2023, já num processo de transição, a tendência é que lockdowns mais draconianos como os últimos sejam substituídos por medidas de testes regulares, quarentenas de alvos específicos e uso de restrição de movimento via aplicativo.

A enorme infraestrutura de governança desenvolvida para manter esses controles nos últimos dois anos não cairá rapidamente, particularmente para autoridades locais preocupadas em serem culpadas por surtos localizados. Embora a flexibilização da intensidade dos lockdowns possa diminuir o risco de uma disfunção muito grande na economia, a China terá consequências econômicas para lidar, sobretudo no impacto no setor de serviços e em empresas pequenas, além de um excesso de dívida adquirido durante a pandemia. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.