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12/Mai/2022

Alimentos: preços globais mais altos em 61 anos

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), que acompanha a variação dos preços dos principais grupos de alimentos, o índice FAO dos preços está no maior patamar desde 1961, quando foi criado. O último recorde foi em 1974, ano da crise do petróleo: 137 pontos. Agora, o índice está em 145. Há uma série de razões para o crescimento do índice. Primeiro, foi o clima que prejudicou safras de países exportadores de alimentos, como os Estados Unidos e o Canadá.

Depois, veio a pandemia, que desorganizou a cadeia de produção agrícola: cultivo, colheita, escoamento da produção, embarque nos portos para exportação. Resultado: oferta menor e mais inflação dos alimentos. A demanda que aumentou, pois vários países injetaram dinheiro para reativar suas economias, e os consumidores puderam comprar mais e a preços mais altos. Esse ano, mais um choque nos preços das commodities: a Rússia, grande produtora de fertilizantes e trigo, entrou em guerra com a Ucrânia, grande exportadora de óleos vegetais.

É arriscado depender de um único fornecedor individual de insumos estratégicos, seja fertilizantes, caso do Brasil; seja alimentos, caso da Índia. Resultado: será preciso diversificar essas fontes mesmo que isso seja mais caro. A pressão sobre os preços dos alimentos deve durar mais do que a guerra e a pandemia. Os preços deverão continuar pressionados, ou seja, distante dos patamares de 2019, pelo menos até 2024. Ressalta-se que serão 5 anos com preços de alimentos operando acima das médias históricas. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.