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11/Mai/2022

Alta do diesel pressiona inflação de outros setores

O aumento de 8,87% no preço do diesel nas refinarias, anunciado pela Petrobras, terá impacto direto reduzido no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas alimenta e espalha pressões inflacionárias. O reajuste deve elevar em 0,02% o IPCA. No entanto, um reajuste de quase 9% em um combustível que é a base do transporte de carga da economia brasileira levaria a outros aumentos. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), esse reajuste acaba espalhando as pressões inflacionárias para outros setores, e o efeito indireto é o mais perverso.

Em 12 meses, o diesel já subiu 52,53% (pelo IPCA-15), e um reajuste de 8,87% na refinaria deve representar uma alta entre 4% e 5% sobre um aumento acumulado já muito elevado. Isso só engrossa a necessidade de correção de preços de vários serviços movidos a diesel. Nessa lista de serviços, estão os transportes urbano e rodoviário, a movimentação das máquinas no campo para a produção agrícola e, especialmente, o custo do frete de carga. A Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) afirmou que essa nova alta do diesel elevará o custo do frete e resultará em aumento de preços dos produtos no varejo.

O aumento do diesel pode se espalhar e pegar toda a cadeia de distribuição. As pressões inflacionárias estão se acumulando nos preços dos alimentos e de transportes e podem provocar uma revisão das projeções para a inflação deste ano. A expectativa é de novas pressões à frente, com reajuste do preço da gasolina em breve, diante da defasagem da cotação do combustível no mercado interno ante o preço internacional. Isso pode puxar a inflação. A defasagem da gasolina hoje é de R$ 0,50 por litro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.