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28/Abr/2022

Brasil: inflação segue acelerando no mês de abril

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 1,73% em abril, após ter avançado 0,95% em março. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,31% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 12,03%. A alta de 1,73% registrada em abril foi a mais elevada desde fevereiro de 2003, quando ficou em 2,19%. Se considerados apenas os meses de abril, o IPCA-15 foi o mais acentuado desde 1995, quando ficou em 1,95%. No mês de abril de 2021, o IPCA-15 tinha subido 0,60%. A difusão do IPCA-15 avançou a 79% em abril, de 75% em março. A taxa mede a proporção dos 367 subitens do indicador com variação positiva no período. O IPCA-15 acelerou de 0,95% em março para 1,73% em abril. A alta de 1,73% na prévia da inflação oficial em abril foi decorrente de aumentos em oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15.

A única deflação foi registrada pelo grupo Comunicação (-0,05%). Os avanços de preços ocorreram em Transportes (3,43%), Habitação (1,73%), Alimentação e bebidas (2,25%), Vestuário (1,97%), Educação (0,05%), Artigos de residência (0,94%), Despesas pessoais (0,52%) e Saúde e cuidados pessoais (0,47%). Transportes e Alimentação responderam juntos por cerca de 70% do IPCA-15 de abril. Em Vestuário, houve altas de preços em todos os itens pesquisados. Joias e bijuterias subiram 0,61%, e roupas femininas aumentaram 2,70% (com 0,03 ponto porcentual de impacto no IPCA-15 de abril). No grupo Saúde e cuidados pessoais, o maior impacto foi dos produtos farmacêuticos, alta de 3,37% e contribuição de 0,10 ponto porcentual, em decorrência da autorização de reajuste de até 10,89% no preço dos medicamentos a partir de 1º de abril.

O resultado geral do IPCA-15 em abril foi decorrente de aumentos de preços em todas as 11 regiões pesquisadas. A taxa mais branda ocorreu em Salvador - BA (0,97%), enquanto a maior variação foi registrada em Curitiba - PR (2,23%). Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 1,95% em março para um aumento de 2,25% em abril. O grupo Alimentação e bebidas deu uma contribuição de 0,47% para a taxa de 1,73% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio saiu de uma elevação de 2,51% em março para um aumento de 3,00% em abril. Os destaques foram as elevações no tomate (26,17%) e no leite longa vida (12,21%), que contribuíram conjuntamente com 0,16% para o IPCA-15 do mês. Houve altas expressivas também na cenoura (15,02%), óleo de soja (11,47%), batata-inglesa (9,86%) e pão francês (4,36%). A alimentação fora do domicílio desacelerou de uma alta de 0,52% em março para aumento de 0,28% em abril.

A refeição fora de casa ficou 0,45% mais cara em abril, enquanto o lanche subiu 0,07%. As famílias brasileiras gastaram 3,43% mais com Transportes em abril, depois de uma alta de preços de 0,68% em março. O grupo foi responsável por 0,74% da taxa de 1,73% registrada pelo IPCA-15 neste mês. O resultado foi turbinado pelo encarecimento de 7,54% no preço dos combustíveis no varejo, devido ao reajuste praticado pela Petrobras em 11 de março nas refinarias. Nas bombas, a gasolina teve uma alta de 7,51% ao consumidor, item de maior impacto individual na inflação do mês, 0,48%. Os preços do óleo diesel subiram 13,11%, enquanto o etanol aumentou 6,60%. O gás veicular teve elevação de 2,28%. As passagens aéreas ficaram 9,43% mais caras em abril. O seguro voluntário de veículo teve aumento de 3,03%, oitavo mês consecutivo de alta, acumulando um avanço de 23,46% nos últimos 12 meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.