26/Abr/2022

Segundo o Santander, os detalhes do Plano Safra 2022/2023 podem ser conhecidos apenas no fim de junho. Se não fosse pela greve dos entes públicos, deveria ser no fim de maio. Esse atraso é considerado ruim. Porém, isso não teria efeito tão grande no planejamento do banco porque hoje os recursos subsidiados direcionados representam uma parcela pequena da carteira do Santander (R$ 6 bilhões de um total de R$ 30 bilhões). O percentual de depósitos à vista que obrigatoriamente vai para a agropecuária com taxas controladas (com e sem equalização), a chamada exigibilidade, deve subir dos atuais 25% para no mínimo 27,5%. Isso é positivo, pois o custo de produção subiu muito mais do que esses percentuais.

Quanto ao momento do setor, nas últimas safras a seca foi compensada por alta expressiva nos preços, mas este ano as margens devem voltar ao normal, o que representa entre 20% e 30% de margem bruta, enquanto em anos anteriores o indicador chegou a 50%. Com a escassez e os preços atuais, a necessidade do produtor é de capital de giro. A guerra entre Ucrânia e Rússia e a continuidade da pandemia de Covid-19 na China prejudicam a obtenção de insumos. A inflação não parece ser transitória e deve manter tecnologia, produção de aço, entre outros escassos por algum tempo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.