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22/Abr/2022

Estudo sobre inadimplência dos produtores rurais

Pesquisa da Serasa Experian, líder na América Latina em serviços de informações, mostra que 15,8% dos produtores rurais nos principais Estados voltados ao agronegócio no País estavam inadimplentes em março deste ano. Em comparação com o estudo anterior, feito em junho de 2021, esse número teve queda de 0,1%, movimentação que pode ser considerada como uma estabilidade no cenário econômico do agronegócio, informa a empresa. Ao avaliar os Estados de grande produção agrícola, a inadimplência do setor é, em média, menos que a metade da taxa da população adulta com o nome no vermelho. O estudo mostra como o desempenho do setor conseguiu se manter estável durante e após a pandemia. O agronegócio, um dos principais motores da economia no País, continuou gerando empregos e renda neste período, contando também com preços favoráveis à comercialização de seus produtos.

Os ganhos dos produtores se mantiveram ou até cresceram em alguns casos, fazendo que muitos conseguissem pagar as contas, mitigassem riscos e evitassem a inadimplência. Apesar disso, o estado de Tocantins se mostrou uma exceção, já que foi o único em que a inadimplência do produtor rural foi maior do que o da população em geral. Um dos motivos que pode explicar essa situação é a participação dos produtores que têm as rendas mais baixas, de até R$ 2 mil, concentrada nesse Estado. Quando comparado com as demais regiões analisadas observa-se que mais da metade das pessoas em Tocantins têm uma renda inferior. Dessa forma, em virtude do encarecimento dos insumos, das contas básicas e da taxa de juros, ficou mais difícil manter o orçamento em ordem e a inadimplência, naturalmente, tende a aumentar.

Os dados do levantamento também confirmam a relação entre uma renda mensal maior e uma inadimplência amena, já que o índice revelou que os produtores rurais que ganham acima de R$ 10.000,00 mensalmente têm o menor percentual de negativação (12,2%). Ainda de acordo com as informações do estudo é possível avaliar a inadimplência dos produtores rurais de acordo com sua faixa etária. A partir dos 41 anos há uma redução expressiva até chegar aos produtores rurais com mais de 60 anos, que foram os que menos deixaram de honrar seus compromissos financeiros, tanto em 2021 como em 2022. Neste ano, os que mais deveram foram aqueles na faixa entre 18 e 25 anos (21,4%). O Estudo de Inadimplência do Produtor Rural foi realizado em março de 2022 e junho de 2021, com uma amostra de 95 mil produtores rurais dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Tocantins. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.