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22/Abr/2022

Amazônia: garimpo e desmate seguem avançando

Levantamento do MapBiomas aponta que, nos últimos três anos, o desmatamento em terras indígenas na Amazônia foi multiplicado por 1,7 quando comparado com a média de 2016 a 2018. Já o desmate para a mineração ilegal dobrou entre 2018 e 2019, o primeiro ano da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Projeto que reúne universidades, organizações ambientais e empresas de tecnologia, o MapBiomas analisou dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), para compor esse retrato.

O levantamento revela que, nos últimos 30 anos no Brasil, as terras indígenas, que correspondem a 13,9% do território brasileiro, perderam apenas 1% de sua área de vegetação nativa, enquanto nas áreas privadas essa perda foi de 20,6%. Ao todo, 69 milhões de hectares de florestas nativas foram destruídos no País no período. Dentre as categorias fundiárias, as áreas onde vivem essas populações são as mais protegidas. As terras indígenas são barreiras contra o avanço do desmatamento na Amazônia. Elas são as áreas mais protegidas no Brasil e a maior parte do desmatamento ocorre em áreas privadas. O cenário seria muito pior se o desmatamento nas terras indígenas seguisse o mesmo comportamento.

Sem contar que existem povos que dependem e utilizam territórios da floresta. Dos 521 milhões de hectares da Amazônia Legal (em Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão), 94 milhões de hectares são áreas de proteção integral, um território equivalente a duas vezes o estado de Minas e que corresponde a 18% de toda a área. Outros 115 milhões de hectares são terras indígenas já demarcadas, o que corresponde a 22% da região. O levantamento do MapBiomas também revela que 94% de todos os garimpos no País concentravam-se na Amazônia, em 2020. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.