19/Abr/2022

Os controles antivírus que fecharam algumas das maiores cidades da China e alimentaram a irritação pública estão se espalhando à medida que as infecções aumentam, prejudicando uma economia fraca e alertando sobre possíveis ondas de choque globais. Xangai está flexibilizando as regras que confinaram a maioria de seus 25 milhões de habitantes em casa após reclamações de que eles tiveram problemas para conseguir comida. Mas a maioria dos negócios ainda está fechada.

O acesso a Guangzhou, um centro industrial de 19 milhões de pessoas perto de Hong Kong, foi suspenso esta semana. Outras cidades estão cortando o acesso ou fechando fábricas e escolas. Xangai relatou um número recorde de casos sintomáticos de cCovid-19, no sábado (16/04), e outras áreas do país reforçaram as medidas de controle ao vírus. O governo adota restrições para eliminar a variante Ômicron, altamente transmissível.

Diante das restrições provocadas pelo avanço do vírus, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) reduziu, na noite de sexta-feira (15/04), a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter como reservas. A medida visa amortecer a desaceleração no crescimento, embora o corte tenha sido menor do que o esperado. O país asiático registrou 24.791 novos casos de coronavírus, dos quais 3.896 são sintomáticos e 20.895 são assintomáticos, informou a Comissão Nacional de Saúde chinesa no sábado (16/04).

A China terá dificuldade de atingir a meta oficial de crescimento de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo em meio a estímulos das autoridades. Os dados do PIB do primeiro trimestre revelam os estragos da Covid-19 na atividade. O consumo doméstico tem sido atingido duramente pelo lockdown sem fim nas regiões desenvolvidas. Os números do primeiro trimestre vieram acima da expectativa, mas os lockdowns continuam a ser um risco importante no país. Houve queda nas vendas no setor imobiliário e recuo das vendas no varejo em março. Houve ainda alta a 5,8% na taxa de desemprego em zonas urbanas no primeiro trimestre, na máxima desde o lockdown ocorrido em Wuhan.

As autoridades têm adotado algumas medidas, como orientar administrações locais para não adotar políticas desnecessárias de controle da Covid-19 que poderiam prejudicar as cadeias de produção. Houve ainda corte no compulsório pelo Banco do Povo da China (PBoC). O aperto na política monetária nos Estados Unidos limita o espaço para o PBoC adotar mais medidas de relaxamento. Nesta segunda-feira (18/04), o PBoC anunciou apoio para empresas atingidas pela Covid-19. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.