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08/Abr/2022

FIAGROS necessitam de regulamentação específica

Os Fiagros (Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), lançados no fim do ano passado, já abarcam quase R$ 3 bilhões de recursos captados para o financiamento do agronegócio, valor que tem crescido. Entretanto, para a modalidade se expandir mais a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda está devendo uma instrução específica para os Fiagros. A CVM foi muito célere quando, aprovado o Fiagro, permitiu que fossem utilizadas algumas instruções normativas que se aplicam a FDICs e a fundos imobiliários, enquanto se estabeleciam regras para os Fiagros.

Entretanto, ainda há necessidade de regras específicas e definitivas para o Fiagro. Os Fiagros que se baseiam em fundos imobiliários, por exemplo, atualmente não podem comprar CPRs (Cédulas de Produto Rural), só CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio). Essa dificuldade de comprar operações mais estruturadas não permite que um Fiagro compre uma CPR de R$ 500 mil, R$ 1 milhão. Com essa dificuldade, a emissão de Fiagros por vezes exige uma engenharia financeira de transformar ativos em CRAs e esses CRAs serem vendidos para os Fiagros.

Esse imbróglio pode ganhar alguma eficiência quando houver regra específica para os Fiagros. E que essa regra seja clara, de que o Fiagro pode comprar CPR. Aí, haverá uma nova dinâmica, de que os recursos dos investidores fluam diretamente para a propriedade rural sem passar por intermediários, sejam eles fabricantes de agroquímicos ou revendas de produtos agropecuários. Se a CVM ajustar a regra, haveria uma "desintermediação". Atualmente, ainda há alguns elos para o dinheiro chegar do investidor à fazenda. Tirando esses elos, com certeza ganhará eficiência. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.