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08/Abr/2022

Fim do ciclo de alta de commodities e do dólar forte

Segundo a Universidade de São Paulo (USP), o ciclo de cotações de commodities agrícolas em alta e de dólar valorizado ante o real chegou ao fim e produtores rurais devem focar em "construir" margens de lucro. Esse ciclo de preços em alta e dólar valorizado terminou. É preciso estar preparado em virtude da alta dos custos, de investimentos (já feitos) em máquinas com taxas elevadas. A agricultura está perdendo um grande auxílio dos últimos anos, o câmbio, além do preço das commodities. A tendência de preços em baixa se deve à perspectiva de maior oferta de grãos, estimulada justamente pelas cotações em alta na última safra. O preço é o maior incentivo para a oferta.

Alguns fatores que terão de ser monitorados pelo setor produtivo nos próximos 30 a 40 dias, como o clima nas regiões produtoras de milho 2ª safra no Brasil, intenções de plantio de soja e milho nos Estados Unidos, com propensão, no momento, para aumento da área de soja, plantio de milho na Ucrânia, importações de fertilizantes e clima para safra de verão (1ª safra 2022/2023) no Brasil. Belarus, que vinha enfrentando limitações para exportar fertilizantes em razão de sanções econômicas impostas por Estados Unidos e União Europeia, voltará a exportar o insumo, que foi excluído dos embargos.

No primeiro trimestre, o Brasil importou 30% mais fertilizantes, de todas as origens, do que em igual período do ano passado. Se essas variáveis se comportarem bem, haverá queda de preços das commodities. A menos que haja seca nos Estados Unidos e que a Ucrânia não consiga plantar, mas esse não é o cenário mais provável. O cenário mais provável é de queda gradual de preços do agronegócio. A conjuntura externa vai deteriorar a margem do produtor rural. A queda dos preços dos adubos deve ocorrer antes do esperado. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.