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07/Abr/2022

Seguro Rural: preocupação com as perdas por seca

O Ministério da Agricultura afirmou que o segmento de seguro rural está "sendo colocado em xeque" neste ano-safra, após as perdas nas lavouras da Região Sul do Brasil e em Mato Grosso do Sul. As seguradoras estão em um grau de estresse muito grande. Há um processo de revisão e readequação para dar sustentabilidade ao segmento. Esta é uma preocupação muito grande. Sobre a possibilidade de o governo federal destinar mais recursos para programas de estímulo à contratação de seguro rural, como o Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR), a decisão envolve discussões com o Tesouro e, no momento, há restrições orçamentárias. O Ministério da Agricultura gostaria de alocar mais recursos para seguro rural, mas o governo tem muitas despesas obrigatórias e sobra pouco espaço.

Apesar das dificuldades das seguradoras, há expectativa de que o número de empresas com atuação em seguro rural saia dos atuais 17 para 20 no ano que vem. O Rabobank avaliou que o mercado de seguro agrícola brasileiro está atrás do de outros países e o governo deveria direcionar mais recursos para o seguro rural, em detrimento do crédito para o setor. O mercado de crédito pode ser atendido por instituições privadas. Com um seguro agrícola sistemático, o agronegócio seria percebido como de menor risco pelo setor financeiro e isso se refletiria no custo de capital (taxas de juros cobradas). Os recursos públicos deveriam estar ainda mais direcionados ao seguro do que ao crédito.

Sobre o Plano Safra 2022/2023, que entrará em vigor em julho, dadas as restrições orçamentárias atuais, o governo terá de ser mais seletivo e focar nos que mais precisam de condições especiais, como pequenos agricultores. Atualmente, mais de R$ 24 bilhões do Plano Safra 2021/2022 estão congelados por falta de recursos para equalizar as taxas de juros das linhas referentes a estes recursos. Para os demais produtores, o governo vem trabalhando para ter uma crescente participação do setor privado, como, por exemplo, a criação da CPR 3.0, que permitirá a emissão do título por mais agentes além dos produtores rurais. Quanto à agenda ESG e sua implementação no agronegócio, o Ministério vem desenvolvendo, junto com a Embrapa, um projeto de indicadores socioambientais que deve contribuir para criar métricas e reduzir o custo de transações de crédito envolvendo o setor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.