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07/Abr/2022

Preço da cesta básica sofre aumento nas capitais

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, conduzida mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica aumentou em todas as capitais brasileiras em março. As maiores altas foram registradas no Rio de Janeiro - RJ (7,65%), Curitiba - PR (7,46%) e São Paulo - SP (6,36%). Entre as 17 capitais acompanhadas, a cesta básica mais cara foi observada em São Paulo, a R$ 761,19. Este valor representa 67,90% do salário-mínimo, de R$ 1.212,00, e indica que são necessárias 138 horas e 10 minutos de trabalho para que um trabalhador que receba o mínimo legal possa comprar o conjunto de itens.

Com base nos números de São Paulo, a instituição calcula que o salário-mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 6.394,76, valor 5,28 vezes superior ao mínimo corrente. No mesmo mês de 2021, o salário-mínimo necessário calculado pelo Dieese era de 5.315,74, 4,83 vezes o mínimo vigente à época (R$ 1.100,00). Além de São Paulo, Rio e Curitiba, registram aumento nos preços da cesta básica em março Florianópolis - SC (5,36%), Porto Alegre - RS e Campo Grande - MS (ambos em 5,51%), Brasília - DF (5,02%), Belo Horizonte - MG (4,28%), Fortaleza - CE (4,17%), Goiânia - GO (3,49%), João Pessoa - PB (3,37%), Vitória - ES (3,28%), Natal - RN (3,25%), Recife - PE (2,25%), Belém - PA (1,29%), Aracaju - SE (1,58%) e Salvador - BA (1,46%).

A pesquisa do Dieese apurou aumento do feijão, óleo de soja e do pão francês em todas as capitais pesquisadas em março. A variação de preços do óleo de soja oscilou entre 2,81%, em Belém (PA), e 15,89%, em Salvador (BA). Enquanto isso, a alta do pão francês atingiu 6,63% em Aracaju (SE) e 6,36% em Goiânia (GO). O preço do pão francês aumentou em todas as cidades, em consequência da redução da oferta de trigo no mercado externo, uma vez que Rússia e Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais do grão. Sobre o óleo de soja, os aumentos do petróleo pressionam o item, por tornarem vantajosa a produção de biocombustíveis. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.