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06/Abr/2022

Grãos: Rússia pode limitar exportações agrícolas

A perspectiva de novas sanções contra a Rússia impulsionou novamente os preços dos grãos, mas a alta recente não se relaciona com o temor de que as medidas criem barreiras aos embarques. Isso é muito improvável, dadas as consequências que teria para a segurança alimentar e os preços dos alimentos. A escalada das cotações de produtos como o milho e o trigo na Bolsa de Chicago precifica o risco de que a própria Rússia interrompa sua exportação de produtos agrícolas.

Já há sinais de que isso está acontecendo. A mídia russa informou na semana passada, por exemplo, que o país suspendeu as exportações de sementes de colza e girassol de 1º de abril a 31 de agosto. Espera-se ainda que uma tarifa de exportação flutuante seja introduzida sobre o farelo de girassol a partir de 1º de maio até 31 de agosto. De acordo com o Ministério da Agricultura da Rússia, as exportações de óleo de girassol devem ser limitadas a 1,5 milhão de toneladas de 15 de abril a 31 de agosto. A Rússia avalia vender seus produtos agrícolas apenas para “países amigos”, o que não incluiria a Europa ou a América do Norte.

Essas regiões passariam a competir com a Rússia pelos mercados de vendas, em vez de querer importar produtos agrícolas de lá. O aperto na oferta global de grãos em função das limitações russas soma-se ao fato de que a guerra em curso também impossibilita que a Ucrânia exporte suas commodities agrícolas. Dados do Ministério da Economia do país mostram que as exportações em março foram apenas um quarto do nível de fevereiro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.