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01/Abr/2022

Alimentos puxam revisão para cima no IPCA 2022

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou sua projeção para o IPCA de 2022 para 6,5%, ante 5,6% projetados anteriormente. A estimativa anterior já tinha sido resultado de uma revisão para cima em fevereiro. Antes disso, o Ipea estimava um avanço de 4,9% no IPCA deste ano. Mesmo diante de um comportamento mais benevolente do câmbio, a revisão se deve à manutenção da trajetória de alta das commodities no mercado internacional, aliada ao impacto da guerra na Ucrânia sobre os preços do petróleo e aos efeitos climáticos sobre a produção doméstica de alimentos. O texto deu ênfase aos preços de alimentos.

A projeção para a variação dos preços de alimentos no domicílio no IPCA de 2022 foi elevada para 9,1%, ante 6,1% anteriormente. O comportamento dos alimentos no domicílio é o que mais vem surpreendendo negativamente. De fato, além dos danos causados pela ocorrência do fenômeno La Niña sobre as plantações de frutas, verduras e legumes, o seu impacto neste início da safra 2021/2022 também já ocasiona prejuízos a algumas lavouras importantes, como soja, milho safra de verão (1ª safra 2021/2022) e safra e arroz. Adicionalmente, o efeito da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre a produção de milho e trigo e sobre os custos dos fertilizantes deve continuar a pressionar os alimentos ao longo do primeiro semestre de 2022.

Apesar das seguidas revisões para cima nas projeções para o IPCA deste ano, a tendência de desaceleração se mantém. Afinal, mesmo uma alta de 6,5% ficaria bastante abaixo dos 10,1% registrados em 2021. A desaceleração continuará por 2023. O IPCA do próximo ano ficará em 3,6%. Isso permitirá um alívio na política monetária. O Banco Central ainda elevará a taxa básica Selic, dos atuais 11,75% ao ano, a 12,75% ao ano. Esse nível permanecerá até o fim de 2022, mas a taxa será ajustada para baixo ao longo de 2023. A Selic deve terminar 2023 em 9,0% ao ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.