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30/Mar/2022

Crédito Rural: Itaú BBA pretende ampliar a carteira

O Itaú BBA, que começou o ano com carteira de crédito de aproximadamente R$ 60 bilhões em empréstimos ao setor agroindustrial, pretende alcançar R$ 72 bilhões até o fim deste ano. Se confirmado, isso representaria um aumento nominal de 20%. Com esses números, a expectativa é ser o maior parceiro privado do agro brasileiro. Um terço do crescimento viria da adesão de novos clientes e dois terços de novos negócios com os clientes atuais. A meta é factível porque há ampliação da agenda de produtos e do aumento de custo nominal de instalação de lavoura, que deve causar uma maior necessidade de recursos para custeio por parte de produtores rurais.

Mesmo que comprem menos fertilizantes, o número de Reais necessário para fazer a safra 2022/2023 será muito maior do que o gasto na 2021/2022. O aumento da necessidade de giro cria uma necessidade por parte do produtor rural, e o Itaú espera ocupar esse espaço. O custo de produção vai depender do momento em que o produtor adquiriu insumos para a próxima safra, mas, na média, usando como exemplo a produção de soja no sul de Mato Grosso, o custo agrícola deve subir cerca de 60%, de R$ 3.000,00 por hectare para R$ 4.800,00 por hectare. Defensivos, diesel, mão de obra, tudo isso joga custos de produção para cima e cria necessidade de tomada de capital para despesa com lavoura. O banco destacou o crescimento da força comercial na área do agronegócio. Hoje, são cerca de 330 profissionais, que deve ser ampliado com mais de 400 pessoas. Pensando em todo o ecossistema do Agro, são mais de 800 pessoas no Itaú Unibanco.

A safra 2022/2023 deve ser boa de maneira geral para o agro este ano. É um ano com pressão importante de custos que prejudica a relação de troca, mas a relação estoque/uso das principais commodities está apertada e deixa os preços com margens muito boas. O Itaú BBA acredita que a safra tem todas as condições de ser bem rentável para as principais cadeias. As cadeias que se destacam em rentabilidade são açúcar e etanol, café, soja, milho e algodão. Os que preocupam mais são os que usam grãos como insumos, como o de proteína animal. Nesse campo, a performance pode ser diferente, dependendo do subsegmento de cada player. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.