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25/Mar/2022

Guerra: exportador deve priorizar parceiros próximos

Segundo o ex-embaixador norte-americano no Brasil, Todd Chapman, a guerra entre Rússia e Ucrânia está mostrando que o exportador brasileiro deveria passar a dar prioridade para parceiros comerciais próximos, localizados na América. As exportações brasileiras são muito importantes para a história não só do Brasil, mas de todos os seus parceiros comerciais. E este momento de guerra é importante porque evidencia vários temas para o desenvolvimento de comércio exterior. Rússia e Ucrânia estão impactando diretamente os preços no Brasil e nos Estados Unidos, por causa da energia. Isso mostra para exportador brasileiro que ele precisa melhorar sua visão de como organizar suas exportações, porque quanto mais concentrado for, é pior.

É importante buscar mercados mais próximos, que acabam se tornando mais valorosos porque parceiros mais perto barateiam a logística. Os Estados Unidos têm como maiores parceiros o Canadá e o México e não a China. Muitas vezes, as mercadorias são entregues de caminhão, não sendo necessário o uso de transporte naval. Em tempos de guerra, em que logística fica prejudicada, o Brasil ganharia mais exportando para Paraguai e Uruguai do que para China, por exempolo, que fica longe. O Brasil precisa diversificar não só parceiros, mas também os produtos. Hoje, o Brasil só exporta três produtos sem grandes valores agregados.

Do ponto vista político, há uma tendência de os países, incluindo os Estados Unidos, exportarem para grandes economias, mesmo que problemáticas, do que exportar para pequenas economias. Sobre a possibilidade de os Estados Unidos e o Canadá ajudarem o Brasil com fertilizantes, o ex-embaixador disse que o momento não é bom. Aumentar a relação comercial com o Canadá, por exemplo, devia ter sido feito antes. Se tinha relação de 20% com Canadá, deveria ter ampliado antes, em vez de ficar na dependência da Rússia. Agora, Estados Unidos e Canadá vão dar prioridade para seus grandes parceiros. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.