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18/Mar/2022

Grãos: preços oscilam com incertezas sobre guerra

A forte liquidação de contratos nas negociações do trigo teve influência sobre o milho, que também caiu. O contrato para entrega em maio, o mais ativo, fechou em baixa de 3,69% no dia 16 de março, a US$ 7,30 por bushel. Já a posição seguinte, que vence em julho, desvalorizou-se 3,63%, a US$ 6,97 por bushel. Os fundos de investimentos negociaram ao menos 15 mil contratos de milho, 7,6 mil de trigo e 3,4 mil de soja durante o pregão do dia 16 de março. Além do ajuste técnico de posições, também as incertezas sobre uma solução para a guerra entre Rússia e Ucrânia tem alimentado as fortes oscilações dos preços dos grãos. Há muita volatilidade desde fevereiro, e não há sinal de que ela vá acabar tão cedo. Outro elemento de pressão sobre as cotações foram os dados sobre a produção de etanol nos Estados Unidos, onde o milho é o principal insumo para a fabricação do biocombustível.

Segundo a Administração de Informação de Energia (EIA), os estoques norte-americanos de etanol alcançaram 25,95 milhões de barris na semana encerrada em 11 de março, seu maior nível desde abril de 2020. O mercado esperava que os estoques chegassem a um intervalo entre 25,25 milhões e 25,5 milhões de barris. O aumento em relação à semana anterior foi de 680 mil barris. A produção diária do biocombustível recuou 0,2% entre uma semana e outra, para 1,026 milhão de barris por dia. A soja caiu pela quarta sessão consecutiva no dia 16 de março na Bolsa de Chicago, em um movimento de correção de preços após o forte aumento do mês passado. O contrato com entrega para maio, o mais negociado atualmente, caiu 0,57%, a US$ 16,49 por bushel, e a posição seguinte, para julho, recuou 0,6%, a US$ 16,26 por bushel.

A avaliação de parte do mercado é que as perdas da safra da América do Sul já foram contabilizadas. Com isso, o mercado passa a concentrar sua atenção sobre a perspectiva para a temporada 2022/2023 dos Estados Unidos, que será cultivada dentro de alguns meses. A tendência é que os números sobre a intenção de plantio neste verão dos Estados Unidos tenham uma atenção maior do que teriam normalmente. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará no dia 31 de março os números de intenção de plantio dos produtores do país; a primeira estimativa indicou aumento de área de 0,9% em relação a 2021/2022. Há preocupação com o preço dos fertilizantes e se isso afetará os trabalhos no campo. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.