09/Mar/2022

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com reajustes represados nas refinarias, os aumentos nos preços do barril de petróleo no mercado internacional em meio à invasão da Rússia à Ucrânia ainda não se refletiram sobre a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de fevereiro. No entanto, a expectativa é que pressionem o índice referente a março. O IGP-DI saiu de uma alta de 2,01% em janeiro para uma elevação de 1,50% em fevereiro.

Com este resultado, o índice acumulou avanço de 15,35% em 12 meses. Os efeitos da recente escalada do preço do petróleo ainda não se materializaram entre os combustíveis, cujos preços são controlados, ou mesmo sobre a indústria química. Além disso, o preço do minério de ferro (de 11,33% para -0,10%) cedeu e permitiu a desaceleração da taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo). Ao longo do mês de março, os preços de vários derivados do petróleo devem apresentar aumentos impondo maior dificuldade à desaceleração do IGP.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) subiu 1,94% em fevereiro, após uma alta de 2,57% no mês anterior. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de elevação de 0,92% em janeiro para 1,73% em fevereiro, puxada pelos alimentos in natura, cuja taxa acelerou de -0,12% para 13,03%. O grupo Bens Intermediários passou de 2,13% em janeiro para 1,31% em fevereiro, sob influência do subgrupo suprimentos, cuja taxa saiu de 3,97% para -2,58%.

O grupo das Matérias-Primas Brutas desacelerou de 4,42% em janeiro para 2,76% em fevereiro. Houve pressão da soja em grão (de 5,55% para 10,16%), suínos (-15,85% para 0,79%) e aves (-3,82% para 0,39%). No sentido oposto, houve contribuição mais branda do minério de ferro (de 11,33% para -0,10%), milho em grão (de 8,40% para 4,92%) e bovinos (de 1,78% para -0,75%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.