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04/Mar/2022

China buscando commodities em meio à guerra

Autoridades do governo chinês emitiram ordens para priorizar a segurança do fornecimento de energia e commodities, provocada pela preocupação com as interrupções decorrentes da guerra Ucrânia-Rússia. Agências governamentais, incluindo o principal órgão de planejamento econômico do país, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e de Reformas, receberam ordens para pressionar os compradores estatais a vasculhar os mercados de commodities, incluindo petróleo e gás, minério de ferro, trigo e milho, a fim de preencher qualquer lacuna potencial trazida pelo conflito. As autoridades não fizeram nenhuma menção a preços, indicando que o custo das importações não é um foco neste momento.

Assegurar o abastecimento é de alta prioridade para o país, uma vez que há preocupação com o impacto que o aumento dos custos globais das commodities terá sobre a economia chinesa. O governo chinês está aumentando sua ênfase na segurança energética e alimentar depois de já sentir o aperto da pandemia e as pressões nas cadeias de suprimentos e geopolítica, como o confronto diplomático com a Austrália. As autoridades não forneceram orientações específicas sobre como garantir os suprimentos, deixando para as agências o mapeamento. Os preços das principais commodities de energia, metais e alimentos continuam avançando. O aumento nos preços das commodities devido à guerra provavelmente complicará as medidas para sustentar o crescimento da China.

Espera-se que as autoridades adotem novas medidas para apoiar a economia, quando o Congresso Nacional do Povo (o Legislativo chinês) se reunir, neste fim de semana (entre os dias 5 e 6 de março). O Ministério da Indústria advertiu contra as restrições indiscriminadas de produção que interrompam o fornecimento de matérias-primas para o setor industrial. A China está entrando num período de alta da demanda por muitas commodities, e o risco de interrupções no fornecimento devido à invasão russa da Ucrânia irá exacerbar a pressão sobre os preços de tudo, de metais até fertilizantes. Fonte: Valor Econômico e Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.