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03/Mar/2022

Focus eleva projeções de inflação em 2022 e 2023

INFLAÇÃO

Em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia e à decisão do governo de baixar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em 25%, a projeção para IPCA (índice de inflação oficial) de 2022 registra avanço pela sétima semana consecutiva, cada vez mais distante do teto da meta deste ano (5,0%). A previsão para 2023 também voltou a subir marginalmente e a de 2024 segue aumentando, em sinal de desancoragem em relação à meta. A estimativa para este ano avançou de 5,56% para 5,60%, de 5,38% há um mês.

O objetivo a ser perseguido pelo Banco Central em 2022 é de 3,50%, com tolerância de 2,0% a 5,0%. Ou seja, o Boletim Focus segue indicando o segundo ano consecutivo de rompimento da meta, após o desvio de 4,81% do IPCA de 2021 (10,06%). Com o impacto do conflito no Leste Europeu sobre os preços internacionais de petróleo, o fornecimento de fertilizantes e sobre o funcionamento das cadeias globais de produção, a avaliação é de aumento da pressão sobre a inflação brasileira.

Por outro lado, a redução do IPI tende a aliviar o IPCA. A expectativa para o IPCA em 2023 tem elevação de 3,50% para 3,51%, acima do centro da meta (3,25%, banda de 1,75% a 4,75%). A projeção era 3,50% há quatro semanas. Para 2024, a projeção tem alta pela terceira semana seguida, de 3,09% para 3,10%, enquanto a previsão para 2025 continua em 3,00%. Há quatro semanas, ambas as projeções eram de 3,00%. A meta para 2024 é de 3,00%, com margem de 1,5% (de 1,5% para 4,5%). Para 2025, por sua vez, a meta deve ser definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho.

PIB

Há manutenção na previsão para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, que continua em 0,30%, mesmo percentual de um mês atrás, sem mostrar repercussões ainda da reviravolta mundial provocada pela guerra na Ucrânia. Para 2023, a projeção continua em 1,50%, de 1,55% há quatro semanas. Para 2024, a estimativa segue em 2,00%, mesma projeção de quatro semanas atrás. Para 2025, a estimativa continua em 2,00%. Há um mês, a estimativa de crescimento do PIB em 2025 já era de 2,00%.

JUROS

Mesmo com o avanço contínuo das estimativas de inflação, há manutenção, pela segunda semana consecutiva, na projeção para a alta da taxa básica de juros neste ano. A estimativa segue em 12,25% ao ano no fim de 2022. Há um mês, era de 11,75%. A estimativa para a taxa Selic no fim de 2023 continua em 8,00%, ante igual taxa há quatro semanas. Para 2024, oscilou de 7,38% para 7,25%, ante 7,00% de um mês atrás. A previsão para o fim de 2025 continua em 7,00%, repetindo a taxa de quatro semanas atrás.

DÓLAR

Há manutenção no cenário da moeda norte-americana em 2022. A estimativa para o câmbio este ano continua em R$ 5,50, ante R$ 5,60 de quatro semanas atrás. Para 2023, cedeu de R$ 5,36 para R$ 5,31, ante R$ 5,50 de um mês antes.

Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.