ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Mar/2022

Impacto em grãos dependerá da duração da guerra

A guerra na Ucrânia já mexeu com os preços dos grãos, mas o tamanho do impacto vai depender do tempo de duração do conflito e das sanções de ambos os lados. Caso conflito dure um mês, por exemplo, não chega a ser um problema grave, dado que a China, consumidora, poderia usar seus estoques ou importar dos Estados Unidos. Se durar três meses, torna-se um problema muito grave, porque os importadores de milho e trigo não vão receber os grãos de Rússia e Ucrânia, que respondem, juntos, por 30% das vendas externas de trigo e 19% do milho. Neste caso, os preços podem subir. Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o Mar Negro, por onde saem os grãos de ambos os países, foi declarado área de guerra, o que implica na negativa de seguradoras para a cobertura de embarques.

O exportador corre risco se resolver exportar sem seguro. As sanções dos países Ocidentais à Rússia, que se estenderiam à Ucrânia, caso anexada, que poderiam elevar o custo do plantio da safra de 2022/2023. Em abril/maio a Ucrânia inicia a safra nova de milho. Mas não deve haver banco para financiar o produtor ucraniano. Esse é um outro risco grande à frente. Do lado da Rússia, o país é importante fornecedor de fertilizantes, inclusive para o Brasil. Ao mesmo tempo, no caso de um prolongamento do conflito, que continue a afetar o escoamento de milho da Ucrânia, o Brasil pode se beneficiar de uma boa 2ª safra de 2022 de milho. Em relação à soja, o mundo já chegou à guerra com o balanço apertado, pela quebra da safra não apenas no Brasil, mas também no Paraguai e Argentina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.