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02/Mar/2022

Petróleo fecha em forte alta e ultrapassa US$ 100

Os contratos futuros de petróleo ampliaram ganhos, com o WTI subindo mais de 8% nesta terça-feira (01/03). O movimento se estendeu mesmo após a Agência Internacional de Energia (AIE) informar que liberará 60 milhões de barris de petróleo para garantir a oferta, em meio à ação militar russa na Ucrânia. Alguns analistas têm alertado para os riscos às exportações da Rússia, nesse contexto, e notando que outros produtores teriam dificuldades de compensar isso totalmente. O petróleo WTI para abril subiu 8,03%, a US$ 103,41 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para maio subiu 7,15% e atingiu US$ 104,97 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os 31 Estados-membros do Conselho da Agência Internacional de Energia (AIE) concordaram com a liberação de 60 milhões de barris de petróleo de suas reservas emergenciais ao mercado, de forma a "enviar uma mensagem unificada e forte aos mercados globais de que não haverá déficit de suprimento como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia", segundo a entidade em comunicado nesta terça-feira (01/03). De acordo com a AIE, a liberação dos barris corresponde a cerca de 4% de toda a reserva dos países que compõem o grupo – de 1,5 bilhão de barris – e deve ser lançado ao mercado a um ritmo de cerca de 2 milhões de barris por dia (bpd) por 30 dias. A decisão foi tomada após reunião presidida pela secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.

O documento ressalta que a agressão russa ao território ucraniano ocorre em um momento em que o mercado de petróleo já se encontra apertado e altamente volátil, com estoques comerciais em seus menores níveis desde 2014 e uma capacidade limitada de produtores de aumentarem a oferta. "A situação nos mercados de energia é muito grave e exige toda a nossa atenção. A segurança energética global está ameaçada, colocando a economia mundial em risco durante um estágio frágil da recuperação", afirmou a AIE. A AIE ainda destacou que a Europa precisa reduzir sua dependência do suprimento energético russo e buscar outros fornecedores, e por isso a Agência vai divulgar na próxima quinta-feira um plano com 10 pontos que a Europa pode adotar para mitigar este problema até o inverno do ano que vem. Segundo o comunicado, as autoridades presentes na reunião entenderam que a Rússia não pode usar seu fornecimento de energia "como meio de coerção política ou ameaça à segurança nacional e internacional". Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.