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25/Fev/2022

Desemprego: taxa recua no trimestre até dezembro

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (24/02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,1% no quarto trimestre de 2021. Em igual período de 2020, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 14,2%. No trimestre encerrado em novembro de 2021, a taxa de desocupação estava em 11,6%. No ano de 2021, a taxa de desemprego média foi de 13,2%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.447,00 no trimestre encerrado em dezembro de 2021. O resultado representa queda de 10,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 229,394 bilhões no trimestre até dezembro. No trimestre terminado em dezembro de 2021, faltou trabalho para 28,344 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 26,5% no trimestre até setembro para 24,3% no trimestre até dezembro.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até dezembro de 2020, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 28,8%. Na média de 2021, a taxa de subutilização foi de 27,2%, a segunda maior da série histórica, atrás apenas de 2020, quando estava em 28,2%. A população subutilizada caiu 7,8% ante o trimestre até setembro, 2,399 milhões de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até dezembro de 2020, houve um recuo de 12,9%, menos 2,299 milhões de pessoas. A taxa de desemprego média em 2021 ficou em 13,2%, também a segunda maior, atrás do recorde de 13,8% visto em 2020. Na passagem do terceiro trimestre de 2021 para o quarto trimestre de 2021, a taxa de desocupação passou de 12,6% para 11,1%, a mais baixa desde o quarto trimestre de 2019, quando também estava em 11,1%. O País registrou um aumento de 2,771 milhões de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre.

A população ocupada alcançou um recorde de 95,747 milhões de pessoas no quarto trimestre de 2021. Em um ano, mais 8,522 milhões de pessoas encontraram uma ocupação. A população desocupada diminuiu em 1,443 milhão de pessoas em um trimestre, totalizando 12,011 milhões de desempregados no quarto trimestre de 2021. Em um ano, 2,401 milhões deixaram o desemprego. A população inativa somou 64,525 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro, 931 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente encolheu em 4,517 milhões de pessoas. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu de 54,1% no trimestre encerrado em setembro para 55,6% no trimestre até dezembro de 2020. No trimestre terminado em dezembro de 2020, o nível da ocupação era de 51,1%. Na média do ano de 2021, o nível da ocupação foi de 53,2%. A população desocupada média de 2021 foi de 13,9 milhões, contra 13,8 milhões em 2020. A população ocupada na média de 2021 ficou em 91,3 milhões de pessoas, alta de 5% ante 2020.

Embora o número de pessoas trabalhando tenha alcançado patamar recorde no quarto trimestre de 2021, a massa de salários diminuiu no País, derrubada pela renda do trabalho, que desceu à mínima histórica. A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 4,176 bilhões no período de um ano, para R$ 229,394 bilhões, uma queda de 1,8% no trimestre encerrado em dezembro de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Na comparação com o trimestre terminado em setembro, a massa de renda real caiu 0,6%, com R$ 1,306 bilhão a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 3,6% na comparação com o trimestre até setembro, R$ 91,00 a menos, para R$ 2.447,00 o menor patamar da série histórica iniciada em 2012. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a renda média caiu 10,7%, R$ 295,00 a menos. A renda média real no País ficou em R$ 2.587,00 na média do ano de 2021, queda de 7% ante 2020. A massa de renda totalizou R$ 230,6 bilhões na média de 2020, recuo de 2,4% ante 2020.

O último trimestre do ano de 2021 mostrou uma abertura de 987 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em setembro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, 2,902 milhões de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 34,495 milhões no trimestre até dezembro, enquanto as que atuavam sem carteira assinada alcançaram um recorde de 12,443 milhões, 753 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até dezembro de 2020, foram criadas 1,921 milhão de vagas sem carteira no setor privado. O trabalho por conta própria ganhou 483 mil pessoas a mais em um trimestre, para um recorde de 25,944 milhões de pessoas. O resultado significa 2,998 milhões de pessoas a mais atuando nessa condição em relação a um ano antes. O número de empregadores aumentou em 72 mil em um trimestre. Em relação a dezembro de 2020, o total de empregadores é 26 mil superior.

O País teve um aumento de 341 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,697 milhões de pessoas. Esse contingente é 1,032 milhão maior que no ano anterior. O setor público teve 207 mil ocupados a mais no trimestre terminado em dezembro de 2021 ante o trimestre encerrado em setembro. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, foram fechadas 305 mil vagas. A renda domiciliar per capita nominal mensal ficou em R$ 1.367,00 no País em 2021. No ano de 2021, a renda domiciliar per capita mais alta foi registrada no Distrito Federal, de R$ 2.513,00 enquanto a mais baixa era a do Maranhão, R$ 635,00. Em São Paulo, a renda per capita nominal alcançou R$ 1.836,00. No Rio de Janeiro, o rendimento ficou em R$ 1.724,00 e em Minas Gerais, R$ 1.325,00. Os rendimentos domiciliares são obtidos pela soma dos rendimentos do trabalho e de outras fontes recebidos por cada morador no mês de referência da pesquisa. O rendimento domiciliar per capita é a divisão dos rendimentos domiciliares (em termos nominais, ou seja, sem o desconto da inflação), pelo total dos moradores.

A taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 7,7% no trimestre até dezembro de 2021, ante 8,4% no trimestre até setembro. Em todo o Brasil, há 7,369 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior. Na passagem do trimestre até setembro para o trimestre até dezembro, houve um recuo de 402 mil pessoas na população nessa condição. No entanto, o País tem 504 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a mais em um ano. O País alcançou uma taxa de informalidade de 40,7% no mercado de trabalho no trimestre até dezembro de 2021. O mercado de trabalho registrou um recorde de 38,944 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em apenas um trimestre, mais 1,235 milhão de pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.