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24/Fev/2022

Inflação de fevereiro indica maior nível desde 2016

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,99% em fevereiro, após ter avançado 0,58% em janeiro. Com o resultado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 1,58% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 10,76%. A alta de 0,99% registrada em fevereiro pelo IPCA-15 foi a mais elevada para o mês desde 2016, quando ficou em 1,42%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses passar de 10,20% em janeiro para 10,76% em fevereiro, o resultado mais elevado desde fevereiro de 2016, quando a taxa foi de 10,84%. Os gastos das famílias com alimentação e bebidas passaram de uma alta de 0,97% em janeiro para 1,20% em fevereiro. O grupo Alimentação e bebidas deu uma contribuição de 0,25% para a taxa de 0,99% do IPCA-15 deste mês. A alimentação no domicílio saiu de uma elevação de 1,03% em janeiro para avanço de 1,49% em fevereiro.

Os maiores impactos no grupo em fevereiro partiram dos aumentos na cenoura (49,31%), batata-inglesa (20,15%), café moído (2,71%), frutas (1,75%) e carnes (1,11%). Na direção oposta, as famílias pagaram menos pelo frango inteiro (-1,97%), arroz (-1,60%) e frango em pedaços (-1,31%). A alimentação fora do domicílio desacelerou de uma alta de 0,81% em janeiro para 0,45% em fevereiro. A refeição fora de casa aumentou 0,57% este mês, enquanto os preços do lanche subiram 0,09%. As famílias brasileiras gastaram 2,01% mais com veículos próprios em fevereiro. O resultado impulsionou o custo do grupo Transportes, de uma queda de 0,41% em janeiro para um avanço de 0,87% em fevereiro. O grupo foi responsável por 0,19% da taxa de 0,99% registrada pelo IPCA-15 neste mês. Os automóveis novos subiram 2,64%, as motocicletas aumentaram 2,19%, os e automóveis usados ficaram 2,10% mais caros.

Os combustíveis registraram estabilidade de preços (0,00%) em fevereiro. Houve aumentos no óleo diesel (3,78%) e na gasolina (0,15%), mas recuos no etanol (-1,98%) e gás veicular (-0,36%). O táxi subiu 1,99%, devido ao reajuste de 9,75% nas tarifas no Rio de Janeiro (RJ) desde 11 de janeiro. O ônibus urbano aumentou 0,38%, graças ao reajuste médio de 8,55% em Fortaleza (CE) a partir de 15 de janeiro. A alta de 0,99% na prévia da inflação oficial em fevereiro foi decorrente de aumentos em oito dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15. Os avanços de preços ocorreram em Transportes (0,87%), Habitação (0,15%), Alimentação e bebidas (1,20%), Vestuário (1,11%), Educação (5,64%), Comunicação (0,27%), Artigos de residência (1,94%) e Despesas pessoais (0,78%). A alta nos Artigos de residência foi puxada pelo encarecimento dos eletrodomésticos e equipamentos (3,46%) e dos itens de mobiliário (2,45%). Ambos contribuíram conjuntamente com 0,06% para o IPCA-15 de fevereiro.

O único grupo com deflação em fevereiro foi o de Saúde e cuidados pessoais (-0,02%). O resultado foi influenciado pela queda no custo do plano de saúde (-0,69%) e dos itens de higiene pessoal (-0,16%). Por outro lado, os produtos farmacêuticos subiram 0,65%. O resultado geral do IPCA-15 em fevereiro foi decorrente de aumentos de preços em 10 das 11 regiões pesquisadas. Houve deflação em Porto Alegre - RS (-0,11%), enquanto a maior variação foi registrada na região metropolitana de São Paulo - SP (1,20%). Nove regiões acumulam alta de preços de dois dígitos nos últimos 12 meses: Curitiba - PR (13,28%), Porto Alegre - RS (10,16%), Belo Horizonte - MG (10,32%), Recife - PE (10,85%), Fortaleza - CE (10,55%), Goiânia - GO (11,68%), Salvador - BA (11,72%), Brasília - DF (10,23%) e São Paulo - SP (10,60%). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.