23/Fev/2022

A Cerc, líder no registro de Cédula de Produto Rural (CPR) física, estima um crescimento de 50% no montante de registros de CPRs até o fim deste ano. As CPRs são documentos apresentados por produtores para obter financiamento de empresas, revendas de insumos, tradings e bancos, que estabelecem o pagamento da dívida com a produção agrícola futura (CPR física) ou com recursos financeiros (CPR financeira). Em 2021, quando entrou em vigor a obrigatoriedade de registro de CPRs com valor acima de R$ 1 milhão, foram registrados mais de R$ 100 bilhões em CPRs físicas e financeiras, segundo a Cerc. Em 2024, será mandatório o registro de CPRs de qualquer valor.

O crescimento esperado para 2022 deve ser sustentado pela alta procura por registro de títulos acima de R$ 250 mil, obrigatório desde janeiro deste ano, bem como pela chegada das CPRs Verdes, que oferecem melhores condições de financiamentos a produtores que preservarem os biomas de suas propriedades. A Cerc detinha em dezembro mais de 54% dos registros de CPRs físicas no Brasil. Os principais produtos financiados nas CPRs registradas na CERC são soja, milho, café, algodão e leite. Junto com as CPRs financeiras, a CERC registrou desde o início de 2021 mais de R$ 31,6 bilhões, o que confere à empresa 25% de participação no mercado do título, segundo nota da registradora.

O desempenho no primeiro ano de obrigatoriedade de registro das CPRs evidencia o potencial do agronegócio brasileiro pois, apesar do alto valor, ainda faltam muitas operações para serem registradas, sobretudo na troca de produtos entre produtores e empresas de insumos, químicos, sementes e outros. Ao serem apresentadas, as CPRs podem proporcionar mais garantia para toda a cadeia produtiva e permitir melhores condições para os produtores rurais. Sobre as CPRs Verdes, a expectativa é de crescimento significativo da procura pelo papel nos próximos meses. Quanto maior a área preservada de vegetação nativa na propriedade rural, por reflorestamento ou manutenção da área, maior a oportunidade de o produtor acessar melhores condições de financiamento das ações de preservação. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.