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23/Fev/2022

UE prepara um pacote de sanções contra Rússia

Os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu classificaram de "ilegal e inaceitável" a decisão da Rússia de reconhecer a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia. Em comunicado conjunto, informaram que ministros das Relações Exteriores do Bloco farão uma reunião e que um primeiro pacote de sanções formais será anunciado em seguida. As propostas devem mirar indivíduos envolvidos diretamente no reconhecimento da autonomia dos territórios ucranianos e bancos que financiam as Forças Armadas russas e outras operações nesses locais.

As medidas também buscarão prejudicar a capacidade do governo russo de acessar os mercados financeiros e de capitais da Europa, além de conter o comércio das regiões com a União Europeia. A União Europeia preparou e está disposta a adotar medidas adicionais numa fase posterior, se necessário à luz de novos desdobramentos. Foi reiterado o apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, informou as primeiras sanções que seu país vai impor à Rússia em resposta ao reconhecimento da independência de duas regiões no leste da Ucrânia. O movimento será feito em conjunto com os Estados Unidos, Alemanha, França e outros aliados.

Os bancos russos Rossiya, IS Bank, General Bank, Promsvyazbank e Black Sea Bank sofrerão sanções, assim como três indivíduos com alto patrimônio, entre eles o bilionário e dono do grupo de investimento privado Volga Group Gennady Timchenko. As sanções serão impostas pois a entrada de tropas russas nas regiões de Donetsk e Luhansk sob o pretexto de missão de paz configuram uma nova invasão da Rússia, que em 2014 tomou a Crimeia dos ucranianos. Segundo o premiê, as sanções farão da Rússia um país mais pobre e isolado, envolto em um conflito com uma nação vizinha. O Reino Unido também enviará ajuda humanitária à Ucrânia, incluindo US$ 500 milhões em financiamento bancário.

Johnson ainda afirmou que não desistirá da diplomacia. A China está evitando tomar partido na crise entre Ucrânia, Rússia e outros países do Ocidente. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês afirmou que o país está monitorando de perto os desdobramentos. A China mais uma vez pede a todas as partes que exerçam moderação, acalmem a situação e resolvam as diferenças por meio do diálogo e da negociação. Sobre o fato de a Rússia ter reconhecido as regiões separatistas de Donetsk e Luhanskno como repúblicas independentes, a posição da China é de que continuará a se comunicar com todas as partes. Os interesses de segurança de todos os países devem ser respeitados e defendidos.

Para a China, a verdadeira segurança deve ser comum, abrangente, cooperativa e sustentável. Sobre a situação de cidadãos chineses na Ucrânia, o Ministério das Relações Exteriores da China e a Embaixada da China na Ucrânia continuarão em contato próximo com cidadãos e empresas para fornecer proteção e assistência. O embaixador chinês na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, também reiterou a posição neutra. Segundo ele, a situação atual na Ucrânia é resultado de muitos fatores complexos e os países devem resolver a situação por meios pacíficos em consonância com os propósitos e princípios da Carta da ONU. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.