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16/Fev/2022

Estiagem causa perdas para produtores de grãos

Os produtores de grãos dos três Estados da Região Sul e de Mato Grosso do Sul vão deixar de embolsar R$ 71,87 bilhões nesta safra por causa da forte estiagem. O prejuízo, calculado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), considera as perdas registradas até o momento, conforme os preços de mercado dos produtos. Se forem incluídas as quebras da produção de frutas do Vale do São Francisco, em razão das chuvas no Nordeste, essa conta sobe para R$ 72,47 bilhões. Estão de fora dessa cifra os efeitos negativos da estiagem sobre as pastagens, que têm desdobramentos sobre a produção de carne bovina e de leite. Houve perdas expressivas nas pastagens, mas ainda a gente não consegue mensurar.

O milho que é o grão essencial para alimentação de suínos, bovinos e aves, deverá ser o produto mais crítico no abastecimento nos próximos meses. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a seca provocou a quebra de 70% na produção de milho da safra de verão (1ª safra 2021/2022) e 48,7% na soja. Mas, segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), essa é a estimativa até 22 de janeiro e, de lá para cá, a situação piorou. A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) conta que os agricultores do Estado que acionaram o seguro enfrentam dificuldades por causa da grande quantidade de sinistros. Há disputa por peritos nas seguradoras. No Paraná, outro Estado também afetado pela seca, apenas 40% das áreas têm seguro agrícola.

A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) explica que a maior parte dos produtores planta com recursos próprios e, portanto, acaba não fazendo seguro vinculado ao crédito rural. O produtor das regiões mais afetadas vai ter prejuízos. No Vale do Rio São Francisco, a realidade é completamente diferente. Desde 20 de outubro, um mês antes do habitualmente previsto, o período de chuvas começou em Petrolina (PE). Neste ano, já choveu mais de 500 milímetros em algumas áreas, e o normal é em torno de 450 milímetros o ano inteiro. A quebra na produção já começou a se refletir nos preços. Mas, não há resultados positivos para o produtor porque os volumes colhidos são muito pequenos e, mesmo com as cotações elevadas, não é possível recuperar as perdas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.